O Floripa Airport inicia neste sábado (28) a programação que marcará a inauguração do novo Terminal do aeroporto Hercílio Luz. Domingo é dia de festa popular com shows e eventos. Vira-se uma página e realiza-se dia 1º de outubro um sonho de décadas da população catarinense. No comando deste fato histórico o presidente da Floripa Airport, Tobias Market, que fala dos planos da empresa para Santa Catarina.
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O que a inauguração do novo Aeroporto representa para a cidade?
Entendo que este aeroporto é uma nova oportunidade para Florianópolis e Santa Catarina. O turismo é muito legal, temos muitas atrações, a começar pelas praias e a serra. Mas ainda não podemos oferecer os serviços que os turistas merecem no início e no final das viagens. Agora, o aeroporto oferece esta oportunidade, mudando esta impressão.
É uma virada de página na Capital?
Com certeza! Este novo aeroporto tem capacidade para oito milhões de passageiros, o dobro da atual. Ele é uma ferramenta no turismo. Mas é preciso muito mais coisas para satisfazer os oito milhões de passageiros. Acho que as companhias aéreas não voam para um aeroporto. Voam para um mercado. Há necessidade de bons produtos turísticos. Isto significa boa mobilidade, bons hotéis e restaurantes e atrações culturais e recreativas. Tudo pode melhorar para oferecer os produtos que os turistas querem.
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Quais são os principais produtos turísticos daqui?
Vivo uma situação especial, porque não falo o português muito bem, e as pessoas não falam inglês. Há uma carência de comunicação. É preciso mais domínio do inglês pelos locais para atrair outros turistas da Europa e outros continentes. Não apenas da Argentina e do Chile.
Quando teremos voos internacionais de Florianópolis?
Estamos conversando, mas precisa melhorar também é o marketing de Santa Catarina. É bom ter um grande produto, mas é melhor falar sobre este produto. Não só no Brasil, mas também lá fora, mostrando em feiras, convenções, falar com companhias aéreas. O Floripa Airport está pronto para cooperar com o Estado na divulgação de seus produtos.
O “boulevard” do Floripa Airport é uma grande novidade, não?
No Brasil, sem dúvida. Com esta concepção inexiste. Há terminais com algo similar com o Bossa Nova Mall, com conceito diferente. Uma espécie de shopping no espaço do aeroporto, especialmente projetado para o lazer das comunidades, turistas e passageiros, é o primeiro no Brasil.
É, portanto, um empreendimento para toda a população?
Exatamente! Não só os passageiros são bem vindos, mas todas as pessoas. Moro no sul da Ilha, que não tem muitas atividades para se divertir. Tem as praias, mas sem outras possibilidades. Queremos ser outra alternativa. Vamos oferecer shows, feiras, eventos, exposições e tudo o que as pessoas gostam, em especial, as crianças. E temos o Terraço Panorâmico, único no Brasil, além do Pocket Park.
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Qual a expectativa da Zurich Airport sobre Santa Catarina?
O mercado no Brasil tem um grande potencial, se comparado com a Suíça. Lá, as pessoas voam, na media, oito vezes por ano. Aqui, a metade de um voo por ano. O Brasil tem um grande potencial e o aeroporto favorece.
A Zurich aqui pode atrair novos investimentos da Suíça?
Espero que sim. O Brasil é muito importante para os investidores. Tem um sistema é burocrático, mas com regras claras que não mudam. Nos outros países há incerteza. Muitas coisas precisam melhorar, mas há segurança jurídica para os investimentos, sem maiores riscos. Com a Zurich aqui é claro que os outros investidores ficarão de olho sobre o que acontece no Brasil.
Do que mais o senhor gosta em Florianópolis?
Infelizmente, não tive tempo para conhecer melhor a cidade. Mas o que me fez encantado com Florianópolis são as pessoas. Não se esqueça que a grande maioria das pessoas que trabalha no aeroporto é de Florianópolis. O que fizemos aqui, construindo um novo aeroporto em 14 meses, não se seria possível em outros lugares, se não tivéssemos pessoas tão comprometidas e entusiasmadas. Em todos os níveis. Não só dos que construíram, mas das portas que foram abertas da Prefeitura, do governo do Estado e várias organizações públicas e privadas.