Começam nesta terça-feira na Assembleia Legislativa os debates sobre o projeto da reforma administrativa do governo Moisés da Silva, com a primeira das três audiências públicas e participação dos deputados que integram as três principais comissões técnicas do parlamento.
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O relator da matéria, deputado Luiz Fernando Vampiro (MDB), tem recebido indicações de dezenas de emendas. Elas terão conteúdo geral e específico sobre a situação de empresas, extinção e criação de órgãos públicos e até sobre o novo organograma.
Há sentimento predominante entre os deputados de que a delegação de poderes ao chefe do Executivo não será mantida. O alerta foi dado pela deputada Luciane Carminatti (PT), quando condenou com a maior veemência os superpoderes transferidos pelo projeto ao governador, equiparando-o aos czares da monarquia russa.
Segmentos empresariais também questionam a extinção da Secretaria de Turismo, Cultura e Esporte e técnicos aliam-se a servidores contra a extinção do Deinfra e do Deter. A incorporação do Deinfra pela própria Secretaria de Infraestrutura é avaliada como grande retrocesso. Os engenheiros mais experientes recordam a atuação produtiva e eficaz do extinto DER, com suas residências espalhadas pelo interior do Estado, garantindo conservação das rodovias estaduais. O Deinfra acabou com tudo. E, agora, o governo liquida com o Deinfra.
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Avaliam que a proposta está na contramão da história e da conjuntura estadual, cujo problema maior está na infraestrutura.
Duodécimo
O reitor Marcus Tomasi não aceita a redução de 10% do duodécimo da Udesc na LDO, proposta pelo governador Moisés da Silva à Assembleia Legislativa. Em companhia do vice-reitor Leandro Zvirtes e de professores, começa a mobilização junto aos deputados pela manutenção dos percentuais. O reitor criticou a falta de diálogo: “A Udesc lamenta a forma como essa medida foi conduzida pelo governo. Estamos tentando dialogar, mas ainda não fomos atendidos”.
Suinocultura
Será lançada nesta terça-feira, às 17h30min, na Assembleia Legislativa, a Frente Parlamentar da Suinocultura. Iniciativa do deputado Altair Silva (PP), que terá a presença de produtores e dirigentes ligados ao setor. Santa Catarina é destaque na produção de suínos, com 26% da produção brasileira. São 12,5 milhões de suínos criados todos os anos para abate industrial. O setor é responsável por 40% das exportações brasileiras de suínos. A previsão para 2020 é de abate de 14,5 milhões de cabeças por ano. O setor conta com 13 mil criadores e responde por 65 mil empregos diretos e 145 mil indiretos.