A campanha política começará efetivamente dentro de uma semana com o início da propaganda no radio e na TV. A lei eleitoral que encurtou o prazo fixou o dia 31 de agosto para a estreia dos candidatos. Fenômeno singular que se registra pela primeira vez: faltam apenas 44 dias para as eleições e nunca se viu tanto desinteresse da população. O eleitor está frio, distante, incrédulo com o cenário.
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A estratégia dos candidatos deverá ser fortalecida na TV, que teve sempre o poder de influenciar o resultado final. Mas já há indicativos.
Décio Lima (PT) tem disparado contra o governo Temer, ainda que seu lema de campanha seja a renovação em Santa Catarina. O PT nunca exerceu o poder e ele quer ser a opção. Na eleição deste ano, por várias razões, o PT está mais próximo do PSD do que do MDB.
Gelson Merisio fixou o MDB como alvo. Vem repetindo que a situação financeira do Estado, em especial as dívidas, é de responsabilidade do MDB, citando sempre a gestão Paulo Afonso. Tendo aval de partidos de esquerda, como o PCdoB e o PDT, vem poupando Décio Lima. Sua maior aposta está nos votos petistas e das esquerdas no segundo turno.
Mauro Mariani e liderados do MDB batem na situação financeira herdada por Eduardo Moreira, atingindo os últimos sete anos do governo Colombo. Atacando o setor financeiro, procuram alvejar Merisio, cunhado do ex-secretário Antônio Gavazzoni.
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Os três já estão abordando temas cruciais do Estado. Mas só em setembro se terá a possibilidade de avaliações e, sobretudo, projeções.
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