A delicada situação financeira do Estado, os desafios para governar Santa Catarina até dezembro, os riscos de participar de uma prévia ou disputa na convenção estadual, os apelos de familiares e o sonho de viver um tempo em Portugal. Estes os fatores determinantes que levaram o governador Eduardo Pinho Moreira desistir da candidatura a reeleição para apoiar o deputado federal Mauro Mariani.
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Examinou o futuro e concluiu que seria difícil compatibilizar o governo com a candidatura. Se fosse o escolhido pelo MDB teria que viajar constantemente pelo Estado, em campanha, participando de encontros e reuniões. A gestão administrativa iria ser prejudicada.
Outra projeção: amigos fizeram as contas e constataram que nas prévias ou na disputa na convenção estadual do MDB Eduardo Moreira poderia ser vitorioso. Mas corria o risco de sair debilitado, pelas feridas no grupo perdedor liderado por Mauro Mariani. E, se os cálculos dos amigos estivessem errados, Moreira seria derrotado. Neste caso, fragilizando sua liderança no MDB e sua autoridade de governador.
A reunião da Executiva Estadual teve outro fato: o ex-governador Paulo Afonso Vieira não manifestou o desejo de disputar na convenção do MDB uma das vagas no Senado. Sinal inequívoco de que está articulado com Mauro Mariani. Agora definido como candidato, Mariani passa a conversar com outros partidos para formar uma coligação. E a oferta das vagas de vice-governador e do Senado serão fundamentais.
Maior partido do Estado, o MDB vai unido para as eleições.
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A decisão
Eduardo Moreira e Mauro Mariani tomaram o café da manhã antes da reunião da Executiva Estadual. A decisão de não participar da eleição foi tomada durante reunião da família no jogo do Brasil com a Suíça. Os filhos teriam desaconselhado. Se participasse da prévia, corria o risco de perder. E, vencedor, como previam os amigos, dividiria o partido. Preferiu preservar a autoridade e a liderança no partido.