A posse da nova diretoria do Movimento Floripa Sustentável foi marcada por manifestações consideradas históricas. Dois representantes de segmentos de expressão na vida de Florianópolis fizeram graves advertências sobre o futuro da Capital e a necessidade de medidas urgentes de todos para evitar o pior.

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De um lado, o maior empreendedor turístico, o professor e empresário Fernando Marcondes de Mattos, fazendo uma projeção sobre o crescimento da cidade. A cada nova década, a Capital terá aumento de 130 mil habitantes, um acréscimo de 13 mil por ano. Ao defender a tese da “prosperidade com inclusão social”, enfatizou Marcondes: “Não podemos aceitar que a cidade se divida entre os que vivem bem e os que vivem miseravelmente. Não podemos aceitar que Floripa se pareça cada vez mais com o Rio de Janeiro. Se um gigantesco esforço não for feito (poderes públicos, empresas, instituições e cidadãos), não escaparemos desse destino aterrador, de insegurança total. De que servirá morarmos numa cidade rica se não pudermos sair de casa?”.

Entre as ações urgentes que enumerou, foram destacadas “alterações no Plano Diretor, construção de 4 mil residências por ano, criação de centralidades e disciplina na entrada de imigrantes sem condições”.

Convidado pela nova coordenadora, Zena Becker, padre Vilson Groh, que coordena os movimentos de inclusão social mais concretos e vitoriosos, enumerou os projetos que salvaram jovens e representam grande potencial humano. Alertou que, se não surgirem oportunidades para estes milhares de jovens, eles serão absorvidos pelo tráfico de drogas e pelas organizações criminosas.

O empresário Jaime de Paula, da Neoway, de projeção mundial, voluntário da inclusão, defendeu as duas teses, falando de suas experiências: “Se a inclusão social fizer bem ao coração, vai fazer muito bem também ao nosso bolso”.

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