A Associação Catarinense de Medicina está destacando em seu site a sentença da juíza Simone Barbisan Fortes, da 1ª Vara Federal da Capital, que absolveu 24 dos 26 médicos investigados pela Policia Federal na Operação Onipresença de 2017 e denunciados pelo Ministério Público Federal. Um dos médicos acusados faleceu no curso da ação judicial e apenas um responde ao processo.

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A magistrada acolheu teses dos advogados sobre inexistência de dolo ou prejuízo a administração pública. A operação desencadeada pela Polícia Federal em junho de 2015 teve ampla repercussão social e política em Santa Catarina. Embora a lista dos médicos tenha sido mantida em sigilo, em Florianópolis, seus nomes acabaram sendo revelados. Jurando inocência, vários deles desistiram de lecionar na UFSC e cancelaram atividades em várias especialidades no Hospital Universitário.

Filho de médico, o consagrado advogado Guilherme Merolli, fez artigo destacando a decisão da juíza. Escreveu: “Faço questão de elogiar publicamente a serenidade e a prudência que governaram o trabalho da magistrada e de toda a sua assessoria na condução dos processos. Aliás, antes que se transmitam inverdades à sociedade de Florianópolis, importante registrar alguns fatos:

a) desde sempre os médicos do HU preencheram as suas folhas-ponto de modo meramente protocolar, contando com a tolerância (quando não com o estímulo) da administração do hospital para fazê-lo de maneira britânica; b) desde sempre os médicos do HU cumpriram a sua carga contratada de trabalho por metas de atendimento; c) desde sempre os médicos do HU se dedicaram exaustiva e apaixonadamente às atividades que envolvem a rotina do Hospital, não adstritas, única e exclusivamente, aos atendimentos ambulatoriais, mesmo porque se trata de um Hospital-Escola”.

UFSC

A Associação dos Professores da UFSC realiza assembleias gerais na próxima segunda-feira para decidir sobre filiação a Andes ou a CUT.

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