As redes sociais têm me oferecido uma imensidão de pautas a partir da vivência de pessoas que eu conheço ou não e que estão fazendo exatamente o que mais desejam em suas vidas, ou não. Os dois tipos de pessoas me ensinam muito.
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Ora, logo você que nasceu num Circo, viveu perambulando pelo país na infância e na pré-adolescência, e quando parou para completar os estudos decidiu que continuaria buscando sua existência em outros lugares, em outras cidades e em outros estados? Sim. E prossigo essa busca que, imagino, só vá terminar quando encerrar a energia que permite a busca.
Mas, volto às redes sociais.
Para a última coluna, foi no Facebook que encontrei a história do editor Nelson Rolim – o Anarquista das letras, o homem que decidiu acrescentar por doação – livros – às cestas básicas distribuídas para famílias carentes em morros de Florianópolis.
Agora foi a vez do Twitter me levar ao encontro de um dos grandes jornalistas com quem trabalhei e que muito me ensinou: Gustavo Ramos Schwabe.
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Foi meu Coordenador/Editor Chefe do Jornal do Almoço na então RBS TV. Seus textos fortes, me permitiram dar vida a bons momentos de posicionamentos firmes, de cobranças sociais e de ternura quando era possível em uma fase muito importante do nosso principal noticiário matutino. Seu trabalho foi tão bom que ele foi requisitado para dirigir editorialmente o Jornal do Almoço do Rio Grande do Sul a partir de Porto Alegre.
A última informação que eu tinha, dava conta que ele estava na Bahia, como editor Chefe do JA de lá – que leva o nome de Bahia Meio Dia. E isso era verdade. Era. O que valia até então já não vale mais. Encontrou sua alma gêmea e no dia de hoje está curtindo o isolamento provocado pela pandemia do Coronavírus em Bariloche, Argentina.
Ao seu lado, Amanda Almeida da Silva Santo, ex-repórter local da mesma rede de TV no Rio Grande do Sul, de rápida passagem pela capital – Porto Alegre e dali, convidada por ele, para seguirem juntos para Salvador como repórter de rede e de onde decidiram partir para o mundo.
Exatamente isso: os dois são apaixonados por viajar e deixaram tudo o que lhes parecia lógico, rotineiro, ajustado, costumeiro, mas fugaz, para por o pé na estrada e buscar no mundo, respostas que um único ponto não conseguia lhes dar.
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Venderam todos os bens materiais, reuniram o que minimamente precisavam, despediram-se de seus empregos formais e iniciaram pelo Uruguai uma caminhada que os levou a Argentina. Hoje, o casal está “preso” pelo isolamento em Bariloche, a espera da próxima oportunidade de seguir adiante. Para onde? Esse não parece ser o principal problema do casal.

Além de enaltecer a coragem dos dois, apontá-los como referência para muitos que gostariam de tomar a mesma iniciativa e convidá-los para acompanhar essa aventura do casal de amigos repórteres da vida por aí, e pelos vários canais que eles criaram, Blog de viagem e no seu perfil do Twitter e que explicam, o que os traz à coluna é a proposição de uma ideia escrita pelo jornalista Gustavo Schwabe que pode ser resumida no seguinte pensamento:
““(…) nosso maior desafio na situação atual não é simplesmente separar verdades de mentiras, mas sim identificar quando informações verdadeiras acabam criando um contexto falso.”
E conclui:
“notícia não precisa ser falsa pra ser fake” … by 2run the world.
Para quem é jornalista e trabalha com informações há muitos anos já é difícil compreender isso, imagine quem consome as informações a partir unicamente das redes sociais e de seus grupos de amigos.
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Escreve o Gustavo:
“num momento, em plena pandemia, onde tem muita gente enclausurada em casa passando o dia todo debruçada na internet, e quando começamos a discutir com cada vez mais seriedade a punição de quem espalha mentira, saber identificar uma fake news é cada vez mais urgente.
Uma pesquisa da universidade de Oxford descobriu que uma notícia falsa tem 70% mais chance de ser compartilhada na internet que uma verdadeira. muitos pesquisadores tentam descobrir o motivo. e o consenso até agora é que nós, seres-humanos, não temos um relacionamento racional com a informação, e sim emocional. e os algoritmos que determinam o que a gente recebe nas redes sociais são programados justamente pra responder a essas nossas reações emocionais.
E se pra mim, um jornalista com 20 anos de experiência, isso exige uma mudança radical na forma de lidar com informação, já imaginou então pra quem nunca trabalhou com notícias? porque tem muita fake news sendo espalhada onde a informação em si não é falsa, mas a notícia mesmo assim é fake. deu pra entender?…”
Gustavo recheia com exemplos práticos que provocam nosso pensamento e nos levam a tentar entender quando uma notícia verdadeira pode transmitir ou induzir a uma conclusão “falsa”. Evidente que o tema é polêmico por si só em tempos de bipolarização, em tempos de radicalismo e de exigência de um posicionamento único. Para os leitores que apreciam discussões bem elaboradas e provocações interessantes, vale a leitura.
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Para quem está pretendendo deixar tudo para trás após a pandemia e sair pelo mundo, vale acompanhar o Gustavo e a Amanda em suas “aventuras” quase planejadas ou não…
Por esse 2run the world, você estará ligado a eles (Canal de vídeo, artigos, histórias e estórias, redes sociais etc…) e poderá trocar idéias, acessar textos e iniciar uma “viagem” sem muito "risco" (para você), mas certamente cheia de sinceridade, realidade e emoção.
Você receberá dicas muito interessantes, como conhecer a Worldpackers – uma plataforma colaborativa que te conecta com anfitriões do mundo inteiro e que te orienta como é possível viajar trocando suas habilidades por hospedagem. Seja para economizar, ter uma imersão na cultural local ou desenvolver novas habilidades.
São hostels, pousadas, ONGs, comunidades e projetos ecológicos que você pode ajudar e receber em troca hospedagem gratuita, alimentação e outros benefícios. E essa dica é só o começo…
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Apesar da solitária iniciativa, o Gus e a Amanda não querem viajar sozinhos. Que tal acompanhá-los?