A Associação dos Amigos e Protetores de Animais de Palhoça (Aprap) já havia entrado no caso do cachorro Sorriso, morador do terminal urbano de Palhoça e vítima da crueldade de alguém que lhe atirou óleo quente no dorso sem qualquer piedade.

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Sobre isso, publiquei nota ontem aqui na coluna. Aliás, foi a própria ong que conseguiu o atendimento veterinário inicial e um lar temporário para que ele pudesse ser tratado com a higiene mínima e os cuidados que o tratamento de queimaduras exige, uma vez que é altamente infeccionável.

Conversei com a diretora da Aprap, senhora Rose Kampfert, que lamentou a atitude irracional (essa sim) de quem praticou tal crueldade e destacou a enorme dificuldade que os protetores de Palhoça enfrentam para dar atendimento aos animais de rua (que são muitos e cada vez mais), já que a prefeitura (à semelhança da administração de Biguaçu) ainda não desenvolve ações efetivas de uma política pública estabelecida para recolher e encaminhar animais de rua.

Palhoça inaugurou, em 2015, um Centro de Proteção Animal que tem como fim exclusivo a castração de cães e gatos e atende apenas famílias com renda de até 2,5 salários mínimos. Qualquer outro atendimento é entregue e assumido pelos protetores e voluntários, sem qualquer ajuda por parte do poder público. A pergunta é: até quando?

Abril Laranja. Você sabe o por quê?

Pode parecer de propósito (relacionando com o caso do Sorriso na Palhoça), mas só ontem fui saber que existe o Abril Laranja, ação que estimula o combate aos maus-tratos contra os animais. Eles merecem, no mínimo, o nosso respeito. E a campanha pergunta:

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“Nós podemos confiar neles, mas será que eles podem confiar em nós? Os animais dependem da gente para seus cuidados e os maus-tratos são um rompimento de confiança. Em abril, nós enfatizamos a campanha do Abril Laranja que relembra o combate aos maus-tratos com nossos animais”.