“Em Santa Catarina, cerca de 2.600 detentos farão o Exame Nacional de Ensino Médio (Enem). As provas serão aplicadas em 41 unidades prisionais do Estado. O número de candidatos representa um acréscimo de 11% em relação ao ano anterior. Os exames serão realizados nos dias 10 e 11 de dezembro com o mesmo conteúdo cobrado aos demais candidatos, mas com questões diferentes. As informações são do Departamento de Administração Prisional de SC (Deap)”.
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Li e reli essa notícia e confesso ter me emocionado. Quando penso do tema “pena de prisão” no Brasil, fico sempre imaginando sua origem, a sustentação teórica que a justifica e qual é seu principal objetivo.
A primeira ideia que nos vem à mente é a punição, castigo, perda da liberdade, na tentativa de provocar reflexão sobre algum crime cometido contra a sociedade. Tudo bem – quando você pratica o mal, o castigo é justificável.
Mas, é evidente que além de punir, castigar, prender, a pena de prisão precisa também levar ou provocar a reflexão sobre o ato cometido e a reconciliação do indivíduo consigo mesmo e com seus pares na vida em sociedade. Por isso, nunca compreendi a punição separada de educação e trabalho.
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Ainda estamos muito distantes da possibilidade de oferecermos educação e trabalho aos integrantes do nosso sistema prisional, mas em Santa Catarina, bem mais do que a maioria dos estados brasileiros, percebe-se uma caminhada sólida nessa direção.
Educação e trabalho constituem as principais matérias primas do verbo esperançar (que não só é diferente, como representa muito mais que o verbo esperar).
Diferente de quem senta e espera, quem esperança acredita e vai ao encontro do objetivo fazendo e trabalhando para merece-lo.
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