Somente no ano passado, Santa Catarina registrou um déficit previdenciário de R$ 3,8 bilhões. No Brasil, a previsão é de que esse rombo chegue a R$ 192,8 bilhões em 2018. Falando à repórter Cintia Moreira da Agência do Rádio, o presidente do Instituto de Previdência do Estado de SC (Iprev/SC), Roberto Faustino, disse que o rombo não deve ser encarado como um problema ideológico nem político, mas simplesmente matemático.
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“Os números apresentados pelo governo federal estão aí a indicar e, se confirmar, vão refletir em SC. Se nada for feito, em torno de 5 a 10 anos, 25% de tudo o que é arrecadado no Brasil será para pagamento da Previdência. A cada R$ 4 arrecadados, R$ 1 irá para a Previdência. Isso não é possível em país nenhum. Então, realmente, a Reforma da Previdência é absolutamente necessária. É uma coisa matemática. Não se trata de um problema ideológico, político, é matemático.”
Segundo o ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Moreira Franco, o objetivo da reforma é manter a Previdência sustentável a longo prazo, permitindo que os pagamentos possam continuar sendo feitos. Só no ano passado, para cobrir o rombo da previdência, o governo federal gastou 10 vezes o orçamento do Bolsa Família: mais de R$ 260 bilhões.
Do outro lado, os que são contrários garantem que se tudo o que é arrecadado sob o nome de Previdência fosse direcionado para tal, sobraria dinheiro.
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