Até acredito que a possibilidade de cometer um crime, ferindo alguém ou até degolar uma pessoa não passe pela cabeça de todos que preparem uma linha com cerol para lançar sua pipa ao vento. Mas é muito importante que, se alguém que estiver por perto tiver essa noção do perigo, deve intervir sob pena de ser considerado cúmplice por consciência. É um absurdo que um motociclista em trânsito encontre pela frente um fio de navalha (pois é exatamente assim que ele age), não esboçando qualquer reação e sendo colocado em risco de morte seja pelo corte, pela queda ou pelo atropelamento em seguida.
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Lembro que, mesmo sem cerol, dependendo da velocidade do motociclista, uma linha simples já pode causar um grande estrago no corpo de alguém. Mesmo havendo legislação que proíba o uso do cerol ou da linha chilena (versão ainda mais perigosa, que substitui o vidro por pó de alumínio), a falta de fiscalização leva à necessidade de procurar como se prevenir. Apesar de oferecer duas sugestões a seguir, por enquanto só podemos pedir consciência para quem solta pipa: não use cerol sob hipótese alguma.
Como se proteger hoje?
Existem pelo menos dois acessórios relativamente baratos disponíveis no mercado. O mais comum e eficiente é a antena anticerol. Instalada no guidão da moto, retém e corta a linha antes que ela atinja seus ocupantes. Motoboys já se acostumaram a instalá-la em suas motos.
O outro é a proteção cervical de neoprene, cuja parte frontal possui internamente cordões de aço ou tiras de kevlar (uma fibra sintética de para-aramida, reconhecida por sua resistência e leveza) que impedem o contato da linha com a pele. No entanto, o ideal é usar as duas proteções, pois a proteção cervical não impede que a linha possa cortar outras partes do corpo abaixo do pescoço. Além da importância de se pilotar sempre usando jaqueta e luvas.

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