O voluntariado educativo tem como visão transmitir valores como cidadania e solidariedade através da prática social, não se tratando de caridade, mas da busca por soluções de problemas de toda e qualquer ordem como: social, educação, transporte, habitação, cultura, lazer, ambiental entre outros. Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), Lei Nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. – Art. 1º “A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais”.
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Sendo assim, o voluntariado educativo coopera para uma experiência formativa na vida do cidadão e/ou aluno integrando saberes escolares e desenvolvendo práticas sociais.
O Projeto Releituras-Livro Acessível só existe pelo apoio desse voluntariado e de algumas instituições que compreendem a importância do trabalho que ele propõe e realiza.
Para dar continuidade à gravação de livros para Print Disabled (pessoas com deficiência visual ou com incapacidade de leitura de material impresso), seus voluntários iniciaram a preparação que engloba oito oficinas em quatro encontros. O projeto tem carência de vozes masculinas, infantis e da terceira idade.
O trabalho teve início na manhã de sábado no Impact Hub Primavera, quando os voluntários assistiram uma palestra sobre contos e crônicas com o jornalista Gilberto Motta e logo após relatos de Gustavo Simas, que nasceu cego, sobre a importância da disponibilidade desse material.
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O trabalho prosseguiu no período da tarde na sede Cocreation Lab, centro de Florianópolis, com uma palestra da professora Kerlei Zanga e a escritora Edenice Fraga.
O Projeto Releituras é mantido com o apoio de voluntários que doam suas vozes e gravam audiolivros para pessoas de baixa visão e cegos, pessoas com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), Transtorno do Espectro Autista (TEA), Dislexia, pacientes de hospitais, idosos, analfabetos e analfabetos funcionais, e pessoas que gostam de audiolivros em geral.

No sábado passado, a idealizadora e coordenadora do projeto Maria de Fátima Medeiros e o membro do projeto Julio Cesar, participaram do programa Caldeirão do Hulk, do quadro “The Wall”. Os integrantes ganharam um pouco mais de 37 mil reais, recurso que será destinado para compra de equipamento e adequação de um espaço para a instalação de um estúdio para a gravação dos áudios. Mas, segundo Maria de Fátima, “precisamos de mais ajuda e de outros voluntários, pois a disponibilidade desse tipo de material é muito pequena. Precisamos ampliar a oferta de livros acessíveis e permitir que mais pessoas possam ter acesso ao mundo da literatura e demais obras”.
Mais informações através desse site.