Em função do número de mortes envolvendo motociclistas na Grande Florianópolis, tenho abordado essa questão chamando a atenção especialmente dos pilotos para a fragilidade que o veículo expõe a quem o pilota, em caso de qualquer acidente (na comparação com os carros, evidente). Não se trata de nenhuma campanha deliberadamente contrária às motos. Mesmo assim, alguns poucos ouvintes da CBN Diário e leitores aqui da Hora assim entenderam e se manifestaram.

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Leia por exemplo essa mensagem que recebi através de e-mail: 

“Caro Motta, motos são gostosas, ágeis e rápidas. Ao invés de demonizar este meio de transporte, sugiro que se faça uma campanha para que motoristas de outros veículos maiores respeitem mais, tomem conta dos motociclistas. Eu já tenho quase 60 anos, piloto motos diariamente desde os 15 anos, viajo com elas, sempre tive duas em casa e nunca fiquei um único dia em hospital por causa de acidente.

Meu último carro eu vendi no final de 2017 ele ficava sem bateria porque o alarme descarregava, de tanto tempo que ficava imobilizado na garagem. E quando saía, meu carro ficava imobilizado no trânsito, cansei, e seguindo uma moderna tendência mundial, me desfiz daquele trambolho. Um único carro ocupa o espaço de quatro motos ou mais. No final dos anos 1970 uma montadora de motocicletas mostrava um senhor de idade dizendo: ou aumentam as ruas, ou diminuem os carros.

Motos são superseguras se pilotadas com prudência e atenção, são ágeis, e se safam mais fácil de acidentes por sua configuração esguia. Portanto te peço, mude o foco sobre motos, elas são ótimas e ágeis companheiras, o que falta é estas carapaças de aço com quatro ou mais rodas, pararem de querer medir forças com frágeis seres humanos em suas motos! 

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Um abraço, Pedro Eugênio, 
Passa Vinte, Palhoça.”

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Minha resposta

Caríssimo amigo Pedro, respeito e compreendo tua angústia e oxalá todos os motociclistas fossem como você diz ser. Infelizmente isso não acontece com os que chamamos de “motoqueiros” e sei que o amigo os conhece muito bem.

Quando chamamos a atenção, estamos falando exatamente para os que precisam ouvir(não deve ser seu caso).

E mais: pedir repetidamente toda a atenção aos motociclistas, lembrá-los de que a carenagem de seu veículo é seu próprio corpo, alertá-los para todo o cuidado que precisam ter com os inexperientes, desatenciosos e até “maus” motoristas que não os respeitam, não creio que seja “demonizar" esse meio de transporte.

Respeito sua opinião, mas pela vida dos motociclistas continuarei chamando a atenção como venho fazendo.

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Um abraço, Mário Motta.

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