Outro dia, levei ao ar a opinião de um ouvinte da Rádio CBN Diário, em que ele denominava como “fila bizarra”, aquela formada ao longo da SC-401 sentido norte da Ilha de SC, sem qualquer justificativa de um acidente, de um bloqueio na pista por blitz, ou qualquer outro tipo de ocorrência que a motivasse. Ou seja, a fila existia unicamente pela razão de sua existência.
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Sei que essa ideia parece meio maluca, mas é exatamente assim. Um veículo segue atrás do outro e, quando o primeiro da fila não sabe exatamente para onde vai, diminui sua velocidade e quase para até decidir qual estrada vai tomar numa bifurcação (aquela que leva a Jurerê ou a Jurerê Internacional, por exemplo). Os veículos que trafegam em seguida precisam parar para não bater no carro da frente… e o congestionamento acontece.
Uma melhor sinalização, orientação para turistas mal preparados e a presença de policiamento de apoio em pontos confusos são providências que poderiam ajudar a evitar a formação dessas “filas bizarras”.
Moradores são prejudicados
Mas, para leitores como o Murilo Wessling, essas filas também poderiam ser evitadas se os turistas não viessem a Florianópolis de carro, mas de ônibus ou avião. Diz ele:
“Eu sou nascido em Florianópolis e não aproveito no verão o que a cidade disponibiliza. Pago meus impostos e não uso aquilo que a minha cidade oferece. É como se eu fosse sócio de um clube, pagasse os 12 meses do ano e fosse impedido de usar a piscina no verão por causa do congestionamento no portão de entrada. Quando a Ana Luiza, minha filha, me pede para ir à praia, nós temos que optar por algum município vizinho. Se nós temos como exemplo os destinos turísticos do Nordeste, podemos ver claramente que os visitantes vão de ônibus ou avião. Isso fomenta muito mais a atividade, sendo feita a exploração do turismo e não do turista. Esses congestionamentos no trânsito resultam em prejuízo para todos. Peço desculpas pelo desabafo, Mário!”.
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Nada a desculpar, querido leitor.