Numa iniciativa inédita do Hospital de Olhos de Florianópolis (HOF), foi realizado o I Encontro de Transplantados de Córnea, no mesmo dia em que se celebrava o Dia Nacional de doação de órgãos e tecidos, 27 de setembro. O principal objetivo da data é conscientizar a população em geral sobre a importância de ser doador de órgãos, com o intuito de ajudar a milhares de pessoas que lutam por uma oportunidade de salvarem as suas vidas.

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Além de vários transplantados, estava presente a família Gorges, que tomou a difícil decisão de doar todos os órgãos possíveis de seu jovem filho, vítima de um acidente de moto há alguns anos em Florianópolis. Ela recebeu todo o carinho de todos os que lá estavam como representante de todas as famílias de doadores, em número cada vez maior em SC.

O evento reuniu pacientes e familiares, equipe médica de transplantes do HOF e a SC Transplantes para um momento de troca de conhecimento, histórias, relatos e discussões sobre aspectos psicológicos de pós-transplante, além de várias falas sobre a importância da doação de órgãos e dos cuidados necessários quando se está na fila de espera por um transplante. Meu filho é transplantado (duas vezes no mesmo olho) e pudemos registrar nossa gratidão pelo significado mais puro e real da palavra doação.

SC É EXEMPLO QUANDO O ASSUNTO É TRANSPLANTE

O Ministério da Saúde tem como meta para 2018 superar o maior número de doação de órgãos desde 2014, quando a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO) registrou 7.898 órgãos doados. No primeiro semestre, o país registrou crescimento de 7% em relação ao ano passado, quando o número de doadores subiu de 1.653 (2017) para 1.765 (2018). Em Santa Catarina, hoje, apenas 70 pacientes estão na fila de espera de córneas. Mas outras centenas aguardam por outros órgãos também. Quase 350 esperam por um rim.

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Para se ter uma ideia da importância da doação de órgãos, um doador que tem morte encefálica pode salvar até 14 vidas. Um único doador pode oferecer as duas córneas, os dois pulmões, pâncreas, os dois rins, coração, pele, ossos, etc. Converse sobre isso quando em família e deixe bem claro que você quer ser um doador. Com a mudança na legislação, caberá à família (familiares até segundo grau) autorizar a retirada dos órgãos no caso do falecimento de seu ente querido.

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