O triste episódio do assassinato da professora Elenir de Siqueira Fontão, no Campeche, foi lembrado em um evento internacional, no México, preparatório para a Conferência da ONU sobre Educação e Direitos Humanos, que será realizada em agosto, em Nova Iorque. Em um discurso emocionado, o catarinense Israel Rocha fez, em nome do Brasil, a abertura da Conferência da Juventude pelos Direitos Humanos, realizada no último final de semana. A violência contra a mulher foi a tônica do pronunciamento do jovem estudante de Direito da UFSC e que, aliás, é morador do Campeche. A vítima era diretora na escola que leva o nome da tia-avó de Israel, Januária Teixeira da Rocha.
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“A cada duas horas uma mulher morre no Brasil, vítima de feminicídio. O país registra um estupro a cada 11 minutos. Machismo mata! Só a educação pode nos salvar, como solução e único caminho para a evolução do ser humano. Como afirma nosso querido patrono da educação, Paulo Freire, a educação é um ato de amor, por isso, um ato de coragem!”, lembrou Israel Rocha, ao reafirmar a importância de se educar a juventude sobre a Declaração Universal dos Direitos Humanos e inspira-la na defesa da tolerância e da paz.

Israel Rocha tem 22 anos e sua trajetória já é reconhecida como por ações que buscam criar as bases para um Brasil mais coerente e justo. Atuante em prol de uma sociedade mais colaborativa, jovem determinado, sonhador e entusiasta de um Brasil melhor, Israel é manezinho da Ilha de Florianópolis, filho de mãe professora e pai pedreiro, formado pelo Colégio Militar (CFNP) e estudante de0 Direito da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Inspirado por seu pai, desenvolveu um festival para integrar a comunidade surda de Santa Catarina. Viajou pelo estado para conhecer a sua realidade, com o intuito de conectar as organizações ligadas aos movimentos de juventude.
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Participou do Programa Jovens Embaixadores dos Estados Unidos, momento em que visitou a Casa Branca, e trouxe para o Brasil o projeto Líderes do Amanhã, que empodera e instrumentaliza jovens para serem agentes de mudança em suas comunidades.
Judoca desde os 4 anos, atuou como professor de judô para 22 meninas em situação de abuso infantil em Arequipa, no Peru.
É também fundador da Youth for Human Rights Brasil e abriu a conferência da ONU em agosto de 2016 e 2017, em Nova York. A Youth for Human Rights (Jovens pelos Direitos Humanos Internacionais) é a organização irmã de Unidos Pelos Direitos Humanos.
É uma organização sem fins lucrativos fundada em 2001 para ensinar aos jovens de todo o mundo a respeito dos direitos humanos, especificamente a Declaração Universal dos Direitos Humanos, para que eles se tornem defensores da tolerância e da paz. A Jovens pelos Direitos Humanos cresceu e se tornou um movimento global de indivíduos, grupos e líderes nacionais e comunitários que estão difundindo a mensagem do que são os direitos humanos e as maneiras de implementá-los e protegê-los.
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A Jovens pelos Direitos Humanos Internacional fornece materiais educativos de direitos humanos para sala de aula e fora dos parâmetros educacionais tradicionais. Com o objetivo de alcançar jovens de diferentes origens, os materiais da Jovens pelos Direitos Humanos atraem pessoas de todas as gerações. Com ensino de direitos humanos, conferências, workshops, hip-hop e dança, a mensagem se propaga por todo o mundo.