O Jornal do Almoço completou recentemente 40 anos no ar e eu tenho o privilégio de vivenciar 34 desses anos com muitas estórias e aventuras que não gostaria de deixar perdidas no tempo. Por isso, aproveito a pandemia e o isolamento para trazer algumas dessas situações que marcaram essas quatro décadas e que fazem parte da trajetória da TV Catarinense. Começo resgatando a primeira grande aventura internacional do JA.

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Argentina, aqui vamos nós.

Quinta Feira, 29 de abril de 1993, eu e o comentarista Luiz Carlos Prates embarcávamos no Aeroporto Hercílio Luz com destino a Porto Alegre. Pela dupla, a participação da equipe do Jornal do Almoço de Santa Catarina na primeira experiência internacional do programa e da emissora.

Com o advento do Mercosul, a então RBS (Rede Brasil Sul) havia instalado um escritório na Calle Florida em Buenos Aires e entendeu que um movimento simpático e de integração, seria produzir um Jornal do Almoço em Buenos Aires a ser exibido em conjunto Rio Grande do Sul/Santa Catarina mostrando aos gaúchos e catarinenses a bela capital do vizinho país, suas belezas arquitetônicas, e mais – sua gente, cultura, história enfim – um pouco dos “hermanos” com quem o Mercado Comum do Sul iria nos aproximar ainda mais.

Naquela mesma tarde, em conexão no Aeroporto Salgado Filho, reunidos com os colegas da RBS/RS, Maria do Carmo, Lauro Quadros e Paulo Santana, embarcamos no voo internacional rumo à Buenos Aires.

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Nosso trabalho estava previsto para a sexta e sábado, com o retorno domingo, dia 02 de maio. No comando do grupo, os colegas Vera Zílio e Claro Gilberto. Alguns dias antes, duas repórteres (Samira Campos de SC e Cláudia Soares de Porto Alegre) estiveram em Buenos Aires com uma equipe de cinegrafistas e produziram várias matérias, cujas “cabeças” seriam objetos de nossas gravações.

Na Recoleta, a abertura do programa.
Na Recoleta, a abertura do programa. (Foto: Imagens NSC)

Além das chamadas de matérias, faríamos algumas entrevistas “gravadas no clima do – ao vivo”, além da abertura e do encerramento do programa. Sim, a idéia era apenas um único programa a ser veiculado no final de semana seguinte, em conjunto para os dois estados. Mas, um imprevisto impediu que conseguíssemos completar as gravações.

Estávamos na Recoleta, gravando uma belíssima apresentação da dança El Pericon pelo Ballet Folclórico Nacional da Argentina, e para tal contávamos com o apoio do caminhão de externas da Telefe/TV da Argentina, quando uma chuva inesperada nos fez suspender o trabalho e por fim cancelá-lo. Tivemos que voltar à Buenos Aires na semana seguinte no dia 7 de maio de 1993 para completar as gravações. E novamente pudemos nos encontrar com o Ballet Folclórico Nacional da Argentina na Recoleta. Com tanto material produzido, a direção da RBS decidiu apresentar dois programas em sábados seguidos (RS e SC). E eles foram ao ar nos dias 15 e 22 de maio.

Uma das atrações - Ballet Folclórico Nacional da Argentina.
Uma das atrações – Ballet Folclórico Nacional da Argentina. (Foto: Mariano Longo)

Mas, essa ida a Buenos Aires nos propiciou alguns encontros importantes e maravilhosos. Trio Los Panchos, o maestro Mariano Mores e o mito Roberto Polaco Goyeneche, entre outros.

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Mas, isso eu conto nas próximas colunas…

Em breve – Jornal do Almoço em Buenos Aires (Parte 2)