Hoje, 27 de julho, é o Dia Internacional do Motociclista. Ao mesmo tempo em que cumprimentamos todos os motociclistas, digo que é importante alertar para um dado muito preocupante: segundo a Seguradora Líder, administradora do Seguro DPVAT, a categoria foi responsável por 55% (um total de mais de 188 mil) das indenizações pagas por acidente de trânsito em Santa Catarina na última década.
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Nesse período, ao todo, foram 239.106 pagamentos para acidentes envolvendo motocicletas entre os três tipos de vítimas: motoristas, passageiros e pedestres. De acordo com o levantamento, 122 mil pessoas tiveram algum tipo de sequela permanente ao se envolverem em um acidente com motocicleta. Na mesma categoria, mais de 5 mil indenizações foram por acidentes fatais.
Em todo o Estado, de 2008 a 2017, mais de 338 mil pessoas foram indenizadas pelo DPVAT nos três tipos de cobertura: morte, invalidez permanente e despesas médicas e hospitalares. Apesar de representar apenas 23,3% da frota estadual, o veículo moto concentrou o maior índice de indenizações pagas: 70% no total com maior incidência de indenizações pagas para vítimas do sexo masculino, na faixa etária considerada economicamente ativa, de 18 a 34 anos.
MAS, POR QUE TANTOS ACIDENTES?
Muitos fatores contribuem para o grande número de acidentes com motocicletas no trânsito brasileiro. Entre os principais motivos estão o comportamento de risco e o desrespeito às normas de segurança. Os motociclistas também devem estar atentos ao uso de equipamentos de proteção, como capacete, viseiras ou óculos e calçados que ofereçam conforto e segurança na direção. De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde, 41% dos usuários de moto afirmam não usar o capacete na garupa. Também é preciso atenção redobrada às revisões e manutenção do veículo.
Além disso, por conta da maior exposição e da alta velocidade do veículo, os motociclistas estão mais suscetíveis ao risco. Assim, é fundamental conscientizar e educar os condutores em busca da redução do alto número de acidentes de trânsito no país envolvendo motos. Lembro que a carenagem/lataria da motocicleta é o corpo de quem a pilota e que praticamente não há anteparo que possa aliviar uma batida ou capotamento. Todo cuidado é pouco.
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