O leitor Adauto Raul Lisboa relata uma situação, no mínimo, questionável. Gripado, decidiu buscar ajuda no posto de saúde do bairro em que reside, o Santo Antônio de Lisboa, em Floripa. Ao chegar, foi informado que o médico que atende os moradores da comunidade está em férias e que deveria se dirigir à UPA de Canasvieiras, unidade de saúde mais próxima dali.
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Agradeceu, mas ao sair percebeu que havia um outro médico atendendo no posto. Perguntou se aquele não poderia atendê-lo, já que se tratava de algo relativamente simples. Não podia. E a explicação, embora atendendo o protocolo da Estratégia da Saúde da Família (ESF), soou muito esquisita para o Adauto. Aquele médico só poderia atender moradores do Sambaqui ou da Barra do Sambaqui.
O princípio da proximidade com as comunidades a que atendem, faz com que aquele antigo conceito do Médico da Família seja resgatado e isso é muito bom, mas (em casos excepcionais) não creio que haja uma "proibição" ao atendimento de moradores de outros bairros se tiver espaço na agenda e boa vontade por parte.
Na saúde, em muitos casos, penso que o bom senso vale mais do que um bom comprimido, ou não?
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