Em, função do isolamento social pela pandemia do Coronavírus, permaneço em casa atuando na Rádio CBN Diário das 9h às 11h (Notícia na Manhã), em seguida entrando ao vivo no Jornal do Almoço, e complemento a jornada escrevendo aqui para a coluna do NSC Total.
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No Jornal do Almoço dessa sexta feira, coube-me relatar o episódio do arrombamento, furto e depredação da ala de atendimento às crianças do Conselho dos Moradores do Saco Grande (Rodovia Virgílio Várzea, 1313, Florianópolis).
Por muito pouco não consigo chegar ao fim do texto com as informações. Mais uma vez fiquei arrasado. Aliás, acho que estou "ficando velho" para dar certas notícias.

O arrombador levou alimentos não perecíveis e carnes que seriam usados na me-renda escolar, aparelhos eletro-eletrônicos e outros bens que serviam para oferecer o melhor atendimento possível aos pequeninos – mais de 200 – atendidos no contra turno das aulas regulares. Um atendimento cheio de carinho e dedicação, reconhecido pelos pais e moradores de uma região da cidade que sabe da importância daquela atividade voluntária e gratuita.
E além do atendimento pedagógico para as crianças, o local acolhe e ajuda famílias em vulnerabilidade social.
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Além de furtar alimentos, o desprezível indivíduo destruiu carteiras, cadeiras, armários, portas e janelas, brinquedos, livros e outros objetos pedagógicos. O di-lema agora, è como poderão recebe as crianças quando puderem retornar, com toda a destruição deixada.
No entanto, é quase sempre nos momentos de maior crise que a gente passa a ter noção da profundidade do abismo.
O furto dos alimentos, por mais absurdo que pareça, ainda è até compreensível. Agora, a depredação do local e dos objetos pelo prazer da atitude faz o indivíduo ainda menor do que as coisas que ele depredou.
O conjunto da obra (furto e depredação) nos leva a pensar sobre a confusão entre Pessoas e Coisas. As coisas, além de serem o que são, são descartáveis. As pessoas não.
Precisamos reencontrar o centro de tudo, o Sol de nós mesmos.
Ainda pela manhã, recebi uma mensagem de uma ouvinte com um pensamento fundamental para todos nós (inclusive o pobre de espírito que arrombou, furtou e depredou o Conselho): ''Ao nos colocarmos no lugar do outro, fazemos do mundo um lugar melhor para todos''.
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Aliás, empatia é isso: colocar-se no lugar do outro.
Essa é nossa urgência, caso não queiramos conhecer o profundo abismo e o peso mortal das Coisas sobre nós Pessoas.
Finalmente – "Não esqueça – as Coisas mais importantes da vida … não são Coisas!''
Pense nisso.
Reação da comunidade surpreende positivamente e traz esperança
A reação imediata da comunidade nos dá alento e faz crer em dias melhores.

No Facebook do Conselho, mais de 300 manifestações repudiando o abjeto ato e colocando-se a disposição para ajudar a reconstruir o que foi destruído e a repor o que foi furtado.
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Qualquer forma de colaboração além do Facebook, pode ser endereçada ao COMOSG SC pelo Luiz Mello (048) 98804.59.85.