Com histórias de vida e resistência sobre a força da cultura do povo negro no Brasil, o longa-metragem "Quem precisa de identidade?” terá pré-estreia no Cinema do CIC – Centro Integrado de Cultura, no dia 5 de março, às 20 horas.
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Numa coprodução da Contraponto e Manacá Cine para o canal CineBrasil TV, o documentário é dirigido pela catarinense Kátia Klock e Márcia Navai, que assina o argumento com Ana Veiga, e tem direção de produção de Lícia Brancher.
Entre os pontos de destaque está a música-tema “Lugar de Identidade”, composta e interpretada por Marissol Mwaba, com a participação de François Muleka, Dandara Manoela, Alegre Corrêa e Addia Furtado.
O filme foi rodado em quatro cidades brasileiras – Florianópolis e Tubarão (SC), São Paulo (SP) e Salvador (Bahia).
A equipe contou com a consultoria de Karine de Souza Silva, professora doutora do curso de Relações Internacionais da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina).
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Nesse mosaico de histórias que compõem “Quem precisa de identidade?”, está também o registro do encontro da equipe com Nilma Lino Gomes, professora, educadora e ex-Ministra das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos (2015-2016).

O documentário apresenta imagens de arquivo da AFP – Agence France-Presse, da Fundação Pierre Verger e do Acervo Digital de Cultura Negra, Cultne.
Realizado com os recursos do BRDE, através do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), da ANCINE (Agência Nacional de Cinema), o filme tem apoio do canal CineBrasil TV.
Uma das vozes fortes do documentário é de Livia Sant'Anna Vaz, promotora de justiça do Ministério Público da Bahia.
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A narrativa é construída a partir de discussões de intelectuais e professores universitários, que se mesclam às histórias de personagens afro-brasileiros, haitianos e africanos de várias nacionalidades.
“Eu me realizo ouvindo histórias e dando voz a essas histórias. Esse trabalho, em particular, é intenso e desafiador por tratar de um assunto forte e delicado como o racismo estrutural no Brasil”, comenta Kátia Klock.
Na opinião de Márcia Navai, “a luta antirracista, pela igualdade, pelo direito à cultura e à religião faz parte do dia a dia do povo preto. O filme vem dizer que é hora dessa luta fazer parte das vidas de cada uma e cada um de nós. É disso que o documentário fala e é isso que ele quer passar para todas as pessoas que puderem assistir”.
Ana Veiga, historiadora e uma das autoras do argumento, conta que “a escolha do tema do documentário não trata apenas de racismo e preconceito, mas da própria estrutura da sociedade brasileira e sua herança escravista, que é provocada ainda mais com a presença dos imigrantes negros e negras que vêm de tantos lugares”.
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Sinopse
Histórias íntimas e coletivas despertam sensibilidades para questões sociais latentes. São mulheres, homens, pessoas LGBTs, povo de santo, imigrantes que ganham a tela com suas vivências e experiências, colocando em debate o que é ser negra e negro no Brasil. Em grupos e em ações individuais elas mobilizam ativismo e superação na luta cotidiana pela existência e por um lugar de respeito e de direitos.
Ficha Técnica
COPRODUÇÃO – Contraponto e Manacá Cine
DIREÇÃO – Kátia Klock e Márcia Navai
ARGUMENTO – Ana Veiga e Márcia Navai
PRODUÇÃO EXECUTIVA – Lícia Brancher, Kátia Klock, Ana Veiga e Márcia Navai
ROTEIRO – Ana Veiga e Kátia Klock
DIREÇÃO DE PRODUÇÃO – Lícia Brancher
ASSISTÊNCIA DE PRODUÇÃO – Sansara Buriti
DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA – Kike Kreuger e Rodney Suguita
SOM DIRETO – Ingrid Gonçalves, Nivaldo Oliveira, Edson Spitaletti, Marcello Benedicts e Ju Baratieri
MONTAGEM – Nara Hailer, Kátia Klock e Márcia Navai
EDIÇÃO DE SOM E MIXAGEM – Leandro Cordeiro
FINALIZAÇÃO E ARTE – Erico Dias
MÚSICA ORIGINAL – Marissol Mwaba