A frase atribuída ao escritor Victor Hugo e repetida sempre por Albert Einstein é direta, incisiva e marcante. Aprendi muito cedo o que é Justiça. Uma pequena e sábia atitude de meu pai foi uma das maiores lições que recebi. Aliás, recebemos, eu e meu irmão Gilberto. Na mesa uma barra de doce de leite deliciosa. Receita da Vovó Rita e confecção da mamãe Nair.
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Não era muito grande, mas o suficiente para os dois irmãos repartirem com equidade. Mas, a discussão certamente iria começar. Após a divisão em dois pedaços, quem escolheria primeiro e para quem sobraria o menor pedaço.

Meu pai foi certeiro. De posse de uma faca, direcionou ao meu irmão Gilberto e disse: “Você corta e o Marinho escolhe”. Não tive escolha senão escolher um pedaço qualquer, pois nunca meu irmão caprichou tanto para dividir algo em duas partes irrepreensivelmente iguais. A justiça havia sido feita.
Repeti a mesma estratégia com meus filhos Mario Aleixo e Maria Carolina e como já havia ocorrido comigo e meu irmão, funcionou. Mas, por que ser justo? O principal motivo para você querer ser justo é algo simples e que todos deveríamos querer: ser alguém melhor.
Algumas lutas devem ser deixadas para trás, outras não. E uma que deve ser sempre levada em frente é a luta pela justiça. Custe o que custar, ela sempre deve ser uma prioridade para todos. Você pode ser bom em muitas coisas (juro que não é difícil), mas nunca será uma grande pessoa enquanto não aprender a ser justo. E posso garantir que sendo bom, nem sempre você estará sendo justo. O inverso sim – sempre que você for justo estará sendo bom. Pense nisso.
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