Por mais leigo que seja o cidadão, terá ele todo o direito de questionar o que ocorreu na elaboração do projeto da nova ponte sobre o canal da Barra da Lagoa, na Capital. Não sei quem o assinou e acredito deva ter sido um profissional ou um grupo formado na área, com competência efetiva para tal e muito provavelmente responsável por outros projetos anteriores bem-sucedidos. Não posso crer que tenha sido feito por estagiários ou profissionais não merecedores do crédito atribuído aos bacharéis preparados por cursos superiores de nosso país.

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Depois dessa premissa, ou seja, por mais que respeitemos quem elaborou aquele projeto, restam algumas indagações: Foi distração? Foi falta de dados precisos ou modificação no ambiente inicialmente proposto pela prefeitura? Enfim, como foi possível que os proponentes da administração pública permitissem o início de uma obra tão mal planejada?

Sequer indagamos o fato de não ser levada em conta a entrada/saída dos moradores da Fortaleza da Barra, que é apenas o absurdo final desse projeto. E ninguém assume? Tanto quem elaborou, quanto quem aceitou e permitiu o início da construção? Até quando vamos conviver com obras do tipo UPA do Jardim Atlântico, que precisou passar por uma reforma antes de ser inaugurada? A EEB Júlio da Costa Neves, na Via Expressa Sul, que recebeu investimentos de mais de R$ 7 milhões e nem bem iniciou seu primeiro ano letivo e teve grande parte da construção interditada por risco de desabamento?

Sem contar iniciativas que não conseguem ser concluídas e começam a desgastar mesmo antes de serem entregues. O trecho da Beira-Mar próximo ao HU, concretado nas duas faixas para receber o BRT e que se encontra inexplicavelmente aberto de um lado e ainda fechado do outro. A segunda faixa da Diomício Freitas já concluído até próximo ao Campo do Avaí, e que não é aberto ao trânsito por vários motivos. Até quando a incompetência de administrações que passam vai continuar atrapalhando as administrações que assumem e ninguém é responsabilizado por isso?

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