Nesse fim de semana estive no Rio de Janeiro, acompanhado do cinegrafista Fábio Cardoso, da NSC TV, integrando a cobertura nacional das afiliadas à Rede Globo ao projeto Criança Esperança 2018, iniciativa de mais de 30 anos em parceria com a Unesco – sigla da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, que atua em 195 países, entre eles o Brasil. É uma agência da ONU fundada logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, com o objetivo de contribuir para a paz no mundo.
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Dentre os vários entrevistados e pessoas com quem conversei, pelo menos um pensamento era comum: praticar solidariedade, ajudar os outros, o ato de doar, aumenta a felicidade pessoal. Pudemos circular livremente pelos estúdios Globo e perceber que, por mais que os astros e estrelas da emissora sejam convidados a participar do projeto em seus horários de folga e sem qualquer ajuda de custo, a disposição de cada um contagia a todos.
O que a Ciência diz do ato de doar?
Ao buscar explicação científica sobre o tema “doar faz bem”, encontrei o neurocientista e neurocirurgião Fernando Gomes Pinto, médico que participa do Encontro com Fátima Bernardes, e ouvi dele alguns argumentos cientificamente comprovados. E coincidem com o que divulga o programa Action For Happines (Movimento fundado na Inglaterra por Richard Layard, Geoff Mulgan e Anthony, e que tem como patrono Dalai Lama). Mesmo que, há muito tempo, se assuma que doar também leva a uma maior felicidade, só recentemente isso foi comprovado cientificamente. Doar literalmente nos faz bem.
Em estudo envolvendo 1,7 mil voluntárias, cientistas descreveram a experiência de uma “intoxicação solidária”, que era um sentimento de euforia, seguido de período maior de calma, experimentado por várias das voluntárias após o ato de ajudar. Essas sensações resultam da liberação de endorfina, e são seguidas por período maior de melhoria do bem-estar e senso de autovalorização, sentimentos que, por sua vez, reduzem o estresse e melhoram a saúde daqueles que ajudam.
Costumava-se pensar que os seres humanos só fazem algo quando recebem alguma coisa em troca. Como então poderíamos explicar o comportamento de pessoas que realizaram atos gentis ou doaram dinheiro anonimamente? Estudos sobre o cérebro agora mostram que quando doamos dinheiro para uma boa causa, partes equivalentes do nosso cérebro se ativam como se nós mesmos estivéssemos recebendo o dinheiro (ou reagindo a outros estímulos prazerosos como comida, dinheiro ou sexo).
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Doar algo aos outros ativa os centros de recompensa em nossos cérebros, o qual nos faz sentir bem, nos encorajando a fazer mais do mesmo. Doar dinheiro a uma boa causa literalmente nos faz sentir tão bem como se fossemos nós que estivéssemos recebendo – especialmente se a doação for voluntária.
Quem será beneficiado em SC com sua doação ao Criança Esperança?
O Criança Esperança 2018 selecionou quatro instituições catarinenses para receberem parte das doações de todos os brasileiros: Bairro da Juventude (de Criciuma), a Associação de Atendimento à Criança e ao Adolescente (de Tubarão), o Verde Vida Programa Oficina Educativa (de Chapecó) e a Associação Náutica (de Itajaí).
Eles participaram de licitação administrada pela Unesco, foram visitados, avaliados e receberão, além do recurso financeiro, apoio técnico e acompanhamento, para dar conta do que se propõe. A seriedade com que o programa se desenvolve, pode ser constatada nos vários artigos publicados no próprio site da Unesco.
Faça a sua doação. Se não puder ser financeira, doe seu tempo, seu carinho e seu amor. E se não for através do Criança Esperança, busque a instituição mais próxima de sua casa que tenha a seriedade que coincida com seus propósitos e valores. Doar faz bem para quem recebe e para quem dá.
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