Calçada. A ideal é aquela que garante o caminhar livre, seguro e confortável a todos os cidadãos. É o caminho que nos conduz ao lar, é o lugar onde transitam os pedestres na movimentada vida cotidiana, é através dela que as pessoas chegam aos diversos pontos do bairro e da cidade. Uma calçada benfeita e conservada valoriza a casa e o bairro. O artigo 5º da Constituição Federal estabelece o direito de ir e vir de todos os cidadãos brasileiros, ou seja, qualquer pessoa (inclusive com deficiência ou mobilidade reduzida) deve ter o direito de chegar “confortavelmente” a qualquer lugar. O proprietário de imóvel é responsável pela construção do passeio em frente a seu lote e deverá mantê-lo em perfeito estado de conservação.

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Ciclovia. É um espaço segregado para fluxo de bicicletas. Isso significa que há uma separação física isolando os ciclistas dos demais veículos. A maioria que existe em orla de praia, por exemplo, é via segregada. Essa separação pode ser através de mureta, meio-fio, grade, blocos de concreto ou outro tipo de isolamento fixo. A ciclovia é indicada para avenidas e vias expressas, pois protege o ciclista do tráfego rápido e intenso.

Ciclofaixa. É quando há apenas uma faixa pintada no chão, sem separação física de qualquer tipo (inclusive cones ou cavaletes). Pode haver “olho de gato” ou, no máximo, tachões do tipo “tartaruga”, como os que separam as faixas de ônibus. Indicada para vias onde o trânsito motorizado é menos veloz, é muito mais barata que a ciclovia, pois utiliza a estrutura viária existente. Dada essa definição, o espaço reservado para ciclistas na Beira-Mar Norte é tecnicamente uma ciclovia, já que há separação física entre o espaço reservado às bicicletas e o resto da via. Na Rua Frei Caneca, o que temos é uma ciclofaixa, já que não há separação física entre os ciclistas e os veículos.

E já que estamos falando de espaços para ciclistas

O leitor Eduardo Dropp, morador do Rio Tavares, em Florianópolis, aproveita o assunto da mobilidade para registrar aqui um fato muito importante. Por que não estender o piso da SC-405 até os acostamentos, em ambos os lados? Na sexta passada, ele foi de bike de casa até o escritório na Lagoa, e mais uma vez sentiu a falta de uma ciclovia/ciclofaixa que poderia resolver em muito a situação e até estimular ainda mais o uso das bikes.

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Motoristas de ônibus e de caminhões/carretas carregados que passam acima do limite de velocidade e muito próximo dos ciclistas assustam os usuários de bicicletas e praticamente inviabilizam sua utilização. Ciclovia ou, pelo menos, ciclofaixa já na SC-405! É o que pede Eduardo.