Sim e com toda organização, empenho e respeito que o esporte exige. E não é de hoje. Há 14 anos, foi fundado o Floripa Ichiban, primeiro time de beisebol e softbol de Santa Catarina. Inclusive já demos destaque para eles aqui na Hora em 2016. Mas se você quiser conhecer um pouco mais desse esporte maravilhoso (preferido pelos norte-americanos, japoneses, cubanos, etc.), saiba que os treinos são abertos ao público de todas as idades, que podem assisti-los e até iniciarem sua prática. Para mais informações, basta acessar facebook.com/FloripaIchiban.
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Para quem já conhece as regras e vibra com o beisebol, Florianópolis será sede, domingo, da primeira etapa da Liga Catarinense de Beisebol – Conferência Sul. Além do Floripa Ichiban, participarão as equipes do Brusque Brewers e Itajaí Sailors. Os jogos começam às 8h30min no campo preparado atrás da 5ª Delegacia de Polícia da Trindade (Rua Lauro Linhares, 208). A entrada é gratuita. No mesmo dia ocorre a etapa da Conferência Norte em Joinville, com os times Joinville Royals, Blumenau Capivaras e Jaraguá Shooters. Mais informações sobre a Liga e as etapas, você encontra na página.
DESAFIOS QUE NUNCA MAIS SÃO ESQUECIDOS
Ao receber o convite do Floripa Ichiban para acompanhar os jogos da Liga Catarinense de Beisebol, voltei ao início da década de 70, quando iniciava minha carreira como radialista no interior paulista (Rádio Piratininga de Tupã). Os primeiros imigrantes japoneses chegaram ao Brasil pelo porto de Santos no ano de 1908, a bordo do navio Kassato Maru, e se espalharam inicialmente por São Paulo e norte do Paraná. A região da Alta Paulista (onde ficam Tupã, Marília, Bastos, Adamantina etc.) recebeu boa parte deles entusiasmados com a extensão de terra que encontraram para plantar. Trabalhadores dedicados e disciplinados, os japoneses trouxeram com eles sua cultura e com ela o Beisebol. Esporte de precisão, preparo físico e psicológico, que exige muita concentração e agilidade.
Com o tempo construíram grandes estádios para o Beisebol, com arquibancadas cobertas, vestiários confortáveis e tudo mais. Até hoje são disputados campeonatos interclubes e seleções. E foi por volta de 1972 que recebi do diretor da emissora, a incumbência de cobrir o Campeonato Inter Seleções de Beisebol que seria realizado em Bastos (18 Km de Tupã). Entendi que faria reportagens, mas o que o departamento comercial da emissora havia vendido era a narração das partidas. Lá vou eu para os treinos do Tupã Beisebol Clube com um gravador, conhecer o esporte, dominar suas regras e aprender como narrar um jogo de Beisebol.
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Até me saí bem e foi uma experiência maravilhosa. Me apaixonei pelo esporte depois de conhecê-lo. Aliás só podemos emitir um juízo de valor sobre qualquer coisa, depois de conhecê-la. Algo semelhante veio acontecer muitos anos depois aqui em Florianópolis (na Rádio CBN Diário), quando um certo manezinho surpreendeu e assombrou o mundo em Roland Garros e lá fui eu (sem nenhuma experiência anterior), narrar pela primeira vez uma partida de tênis pelo veículo rádio… Experiências e vivências que não se apagam da memória e do coração.