Até o dia 2 de agosto (sexta-feira), o Sesc Santa Catarina desenvolve, em 21 cidades catarinenses, o projeto Brincando nas Férias. Com ele, oferece ao público infantil em recesso escolar opção qualificada de lazer, que contemple atividades de caráter lúdico educativo, contribuindo para o desenvolvimento de habilidades e conhecimentos. Em cada cidade, há um calendário específico envolvendo a temática proposta, oportunizando o brincar de forma divertida e educativa.

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A programação envolve brincadeiras tradicionais, como amarelinha, peteca, cama de gato, cirandas, pipa, elástico, carrinho de rolimã, bolhas de sabão, bambolê, pião, esconde-esconde, pega-pega, passa anel, entre outras. Além de jogos cooperativos, de tabuleiro e desafios, oficinas lúdicas, gincanas, caçadas, passeios, dinâmicas de integração, atividades esportivas e recreativas que estimulam o raciocínio lógico e a coordenação motora. Mesmo com as inscrições já encerradas (foram feitas antecipadamente) decidi trazer essa informação para, a partir dela, propor uma reflexão aos nossos leitores.

Brincadeiras tradicionais, educação e cultura

Retomo a relação de brincadeiras infantis tradicionais: amarelinha, peteca, cama de gato, cirandas, pipa, elástico, carrinho de rolimã, bolhas de sabão, bambolê, pião, esconde-esconde, pega-pega, passa anel, etc.

Você consegue ver maldade por princípio em alguma delas?

Que perigo pode oferecer um carrinho de rolimã, um pião, um bambolê ou, por exemplo, uma pipa?

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Uma PIPA?… Exatamente.

Veja que, dependendo da forma como a brincadeira é transmitida ou ensinada, servirá para desenvolver na criança um futuro adulto equilibrado, educado e digno. Caso contrário, a bola de gude pode se transformar em munição para uma funda ou estilingue. O pião, que tem uma ponta feita com prego, também poderá oferecer perigo. Dependendo de onde e como o carrinho de rolimã for usado, oferece enormes riscos ao trânsito ou à criança…

Perceba que todas essas inocentes brincadeiras poderão educar e divertir se forem transmitidas sob a ótica dos valores bons e corretos. Da busca da alegria do entretenimento, da sensibilidade e principalmente do respeito ao próximo. Que a pipa vá aos céus para permanecer lá em cima mantida pelo vento que a contrapõe, dando à criança no solo a sensação do comando e do maravilhoso alcance das alturas.

O melhor da pipa não é derrubar a pipa do outro. Se te disseram isso um dia, por favor, esqueça!

Sem uso de chilena ou cerol na linha, a brincadeira da pipa te dará muito mais prazer. Isso vale para qualquer outra brincadeira infanto-juvenil. Lamento que alguns adultos introduzam na mente das crianças esses valores absurdos de que só vale se for para DERRUBAR a pipa do outro, VENCER o outro, GANHAR do outro, enfim. Pobres de espírito esses mortais.

Posso garantir que o prazer de manter a sua pipa no ar é possível e muito melhor do que derrubar a do próximo.

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