Mais uma vez a “velha senhora” volta à mídia. Ao concluir uma disciplina do curso de História do qual é aluna na Udesc, a leitora Tânia Pereira escreveu uma poesia sobre a Ponte Hercílio Luz, seguindo a mesma formatação usada por Bertolt Brecht no poema “Perguntas de um trabalhador que lê”, de Bertolt Brecht e na qual ele se utiliza apenas de perguntas. Veja:

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Hercílio Luz, a ponte que vale ouro!

Onde se esconde o tesouro?

Está em terras brasileiras,

Ou quem sabe no além-mar?

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Pensada nos anos 20

Sobreviveria eternamente?

Criada para unir e libertar

A ponte da independência cumpriu o seu papel?

Uma obra suntuosa

Pensada por estrangeiros

Com suor de operários, porque só de brasileiros?

E o seu criador, antigo governador.

Contemplaria a criatura?

Com tanto dinheiro em voga

Passando por baixo dela

E a cada interdição
 

O que pensa a população?

E os bancos estrangeiros?

De verdade, de quem é o dinheiro?

Senhores governantes

O que dizem neste instante?

Quatro anos de construção.

Pouco mais de meio século, uma meia interdição.

Será que houve pressão?

Então na terceira idade, a morte anunciada

A ponte estaria estagnada?

Longos anos, idas e vindas de indecisão.

Terá um fim este roteiro?

A ponte em nossas memórias

Será um cartão postal?

Muitas dúvidas

Poucas respostas

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