Uma vez me perguntaram qual o sentimento que eu achava mais poderoso: o ódio ou o amor. Percebam que o ódio é barulhento, aparece todos os dias nas manchetes dos jornais, nas chamadas da televisão. O ódio, a guerra, a raiva, a violência chama a atenção da gente. Portanto, muitas vezes achamos que é o sentimento que manda no mundo. Eu discordo.

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Tenho a impressão de que, para cada manchete violenta, existem mil pais que abraçaram os filhos hoje de manhã. Para cada notícia de briga entre torcidas, milhares de amigos foram juntos ao estádio. Para cada ameaça de guerra entre dois países, milhões de crianças fazem amizade em um parquinho do mundo.

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Estas são notícias que normalmente não aparecem na televisão e no rádio. Hoje de manhã uma mãe fez um café com pão para o filho. Uma pai deu colo para o filho. Um cachorro e um menino viraram melhores amigos. Um ex-detento arrumou um emprego. Um casal que estava brigado fez as pazes. Um companheiro acaba de receber a notícia da liberdade.

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Aprendi, nos últimos anos, que não podemos controlar o mundo. Não controlamos o que acontece lá fora, nem como as pessoas se comportam, nem se vai chover ou fazer sol. Não controlamos praticamente nada, apenas como respondemos ao que acontece no mundo. Podemos responder com raiva, frustração, egoísmo. Ou podemos responder com gratidão, boa vontade, empatia. E o mundo muda, quando a gente decide melhorar. 

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Eu sou um otimista. Acho que o mundo vai ser cada vez melhor, acho que as pessoas serão cada vez mais evoluídas, acho que o futuro vai ser bom. Por mais que as notícias digam o contrário e nossos medos tentem nos guiar, prefiro acreditar que somos seres bondosos, no fundo.

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Acho que uma pessoa feliz é aquela que acredita em si mesma, acredita nas outras pessoas e acredita em um amanhã melhor do que hoje. O ódio pode ser barulhento e assustador, mas o amor opera silenciosamente, calmo, espalhado em lugares que ninguém está olhando. E sempre vence no final.

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