No começo, tive medo de jogar no mundo minha vulnerabilidade. Tive medo de falar de amor. Tive medo dos comentários na internet e no jornal. Tive medo de lançar um livro. Tive um medo terrível de fracassar, de ser motivo de piada. O livro vendeu bem e tive medo do sucesso.
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Tive medo de polêmicas. Tive medo de entrevistas. Tive medo da repercussão. Tive medo de fazer vídeos pra internet. Tive medo de estar velho demais. Tive medo de ter poucos likes, tive medo do algoritmo, tive medo dos comentários. Tive medo quando o livro virou filme. Tive medo de escolherem maus atores, tive medo da mensagem se perder, tive medo do filme não sair.
> Ver aquilo que temos diante do nariz requer uma luta constante
Ontem, tive medo de participar das filmagens. Tenho medo de como vai ficar.
Tenho medo de ser um fracasso. Medo, medo, medo.
O medo é uma jaula de cerca baixa que não pulamos por medo de tropeçar. As coisas mais incríveis da vida estão do outro lado. Com um passo bem largo estamos livres. Ninguém está vigiando.
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Ao longo da vida, entraremos nessa jaula deliberadamente, achando que ela nos protege. Na verdade, nos priva de viver. A cerca, todos os dias, parecerá mais alta. Mas ela tem a mesma altura de sempre. O exato tamanho da nossa coragem.
Dos arrependimentos que as pessoas têm no final da vida, os mais comuns são os limitados pelo medo. Gostaria de não ter tido medo de expressar meus sentimentos. Gostaria de não ter tido medo de viver uma vida verdadeira pra mim mesmo. Gostaria de não ter tido medo de ser feliz.
> “O trabalho dignifica o homem!”
Como disse o Sabino, de tudo ficam três certezas: a certeza de que estamos sempre começando; certeza de que é preciso continuar; a certeza de que podemos ser interrompidos antes de terminar.
Por isso devemos fazer da interrupção um caminho novo; da queda um passo de dança; do medo uma escada; do sonho uma ponte; e da procura um encontro.
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Vejo você do outro lado.