Nesta quinta-feira (7) haverá uma nova reunião para debater a segurança no entorno da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Desta vez o encontro será no Ministério Público, com a presença das polícias Civil e Militar, da UFSC e da prefeitura.

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No foco do debate estará o funcionamento dos quatro bares existentes na Rua Deputado Antonio Edu Vieira, no Bairro Pantanal, onde centenas de jovens e adolescentes se aglomeram entre quinta-feira e domingo. No último sábado, um adolescente de 16 anos foi assassinado naquela região. Além disso, há registro de brigas constantes. O chefe da delegacia de Jogos e Diversões da Capital, Marcos Vieira Assad, admite que a solução para o local não está definida e será difícil. Segundo ele, um dos estabelecimentos do local tem um processo administativo aberto na delegacia por descumprir o horário de funcionamento, estabelecido por alvará até 2h.

– Entendo que a redução do horário é um dos caminhos, agora vamos ter que buscar outros junto com os órgãos na quinta-feira (7). O ideal não pode ser fechar por fechar (os estabelecimentos) porque há empregos envolvidos. Se tiver que fechar, será fechado, mas isso tem que ser a última saída.


Mudança de perfil

Há uma clara mudança de perfil de pessoas que frequentam os bares da região, segundo fontes ouvidas pela reportagem. Ainda predominantemente universitário, o público passou a ter também traficantes de drogas interessados no movimento constante do local.

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Barulho intenso

O conselho de Segurança Comunitária (Conseg) da Bacia do Itacorubi acompanha a movimentação de festas envolvendo a UFSC. Depois que os eventos dentro da universidade foram limitados, os universitários passaram a se reunir na Praça Santos Dumont, na Trindade. A reclamação de moradores mobilizou os órgãos fiscalizatórios e fez o grupo migrar novamente, desta vez para a Edu Vieira, onde se instalaram os bares. A presidente do Conseg da região, Ana Claudia Caldas, diz ter ouvido relatos de moradores do Córrego Grande sobre o barulho.

– Um dos maiores problemas é a questão da via. Eu mesmo já fui abordada lá, não deixavam passar com o carro. Não entendo como correto ter um bar ao lado da universidade.

 

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