O Brasil tem dias históricos. Alguns, viraram feriados, como 21 de abril. Outros não, como 22 de abril.
Ontem, era 4 de abril de 2018.
Histórico.
E chato, pela ladainha que entrou noite adentro.
Ficou claro que o Supremo Tribunal Federal (STF) tem placar prévio. Mesmo que, no fim, julguem com sua consciência.
E com sua conveniência.
Logo ao início, viu-se, nos diversos apartes, o que viria.
Pareciam saber como a ministra Rosa Weber votaria.
Usar apartes em bloco é uma estratégia de quem vê que vai perder.
Parecia que Lula, o ex-presidente, perderia.
Dali em diante foram horas que ninguém entendeu bem, por excesso de rebuscamento.
Tipo: assaz. Ninguém sabe o que é assaz, vossa excelência.
Ninguém nunca usou assaz em uma conversa de bar.
Voltemos.
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Independente do julgamento do STF.
Todos sabiam que o voto de Rosa Weber seria decisivo. Foi.
Voltemos no tempo. Desde 2013, quando as pessoas foram às ruas sem saber bem por quê, aconteceu muita coisa. Faz cinco anos que o Brasil não sabe bem o porquê. Porque ninguém sabe.
Ontem se soube um pouco.
Afastados do Palácio do Planalto por poucos metros, ao lado do Congresso Nacional, 11 ministros do Supremo Tribunal Federal decidiram ao longo de horas sobre Lula.
Lula, condenado em segunda instância, será preso.
Nunca antes na história deste país teremos um presidente preso.
Será.
Leia mais na coluna de Marcelo Fleury
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