O assunto da intervenção federal no Rio de Janeiro tem rendido opiniões diversas e opostas nas redes e fora delas. Ainda não está claro como ela se dará de fato, mas cada vez mais vozes, inclusive dentro do Exército, levantam-se para questionar a medida.
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Em Santa Catarina, o deputado federal Esperidião Amin (PP) já antecipou que votará contra o decreto.
— Se é para ter uma intervenção, então tem de ser no Estado inteiro, não só na segurança — diz o deputado.
Ele acrescenta:
— O Rio quebrou moralmente. Tem ex-governadores presos. O crime organizado não está só nas favelas.
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Para Amin, há um risco de desgaste na imagem do Exército
Sobre intervenção
Há interpretações polêmicas sobre a intervenção no Rio. Analistas conceituados, como Mário Rosa e Ricardo Miranda, em textos distintos, dizem que o país pode caminhar para uma espécie de democradura (democracia com contornos de ditadura, numa analogia com o termo ditabranda, da época do regime militar).
Também dizem que a intervenção pode ser o primeiro caminho para medidas mais drásticas, como eventuais Estado de Defesa e Estado de Sítio, culminando, veja só, até com um possíivel adiamento das eleições de outubro.
Frase
“Mulata, mulatinha, meu amor,
Fui nomeado teu tenente interventor”
Trecho da marchinha “O Teu Cabelo Não Nega”, hoje politicamente incorreta, em referência às intervenções que Getúlio Vargas fazia nos Estados.
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