Em longa reunião na manhã de hoje na sede da OAB-SC, em Florianópolis, o Ministério Público Estadual e conselheiros da Fundação Catarinense de Assistência Social (Fucas) decidiram nomear um interventor para gerir a fundação ao longo dos próximos meses. A informação foi antecipada com exclusividade pela coluna.
Continua depois da publicidade
O promotor Davi do Espírito Santo (ao centro, de terno e óculos) apresentou o nome do interventor, que foi aceito pelos conselheiros. É o presidente do conselho fiscal da própria Fucas, Luiz Antônio Costa. Com essa decisão, teve de deixar o cargo o presidente da fundação, Roberto Ulisses de Alencar, sob cuja gestão pesam indícios de irregularidades, com perdas financeiras de dezenas de milhões de reais nos últimos anos.
Na reunião foi discutido sobre como manter a fundação e os programas oferecidos até o final do ano passado, pagar os funcionários, com eventuais multas, e fornecedores, com valores corrigidos e multas.
No entanto, não há data pra isso acontecer. A Fucas depende da venda de um imóvel em Jurerê, já aprovado pelo conselho curador e aguardando análise do MP.
Continua depois da publicidade
O novo interventor assume quatro missões: fazer uma readequação de recursos humanos, captar recursos do poder público para financiar a fundação, definir parcerias para otimização do uso de imóveis, readequar a estrutura de investimentos do patrimônio da Fucas.
As entidades CRA, Casan, Facisc e Cremesc pediram pra deixar o conselho curador da Fucas. Permanecem OAB, Aemflo, CRC, CRA.