Os pais do menino Jonatas Henrique impetraram um mandado de segurança no Tribunal de Justiça (TJ-SC) para não terem mais que prestar contas do dinheiro que arrecadaram com a campanha AME Jonatas.

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O caso tramita em segredo de Justiça. Mas a coluna apurou que, ao contrário do que vêm dizendo em público, os joinvilenses Renato e Aline Openkoski não querem mais nenhum tipo de controle sobre os mais de R$ 4 milhões recebidos na campanha.

Recentemente, a Justiça bloqueou, por liminar, o dinheiro, autorizando liberações parciais mediante a comprovação de que a quantia se destina ao tratamento da criança. Há suspeitas de que o casal usou parte do dinheiro para outros fins, como aquisição de bens (um carro de R$ 140 mil) e viagens.

Jonatas é portador de uma doença degenerativa, chamada atrofia muscular espinhal (AME). O medicamento de que precisa é caro e tem de ser importado dos Estados Unidos.

O caso ganhou dimensão nacional nas últimas semanas, com o enfileiramento de queixas de pessoas que doaram à campanha e agora se sentem enganadas. Há menos de um mês, o pai de Jônatas disse em entrevista à NSC TV que aceitava prestar contas do dinheiro.

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Porém, seus advogados impetraram o mandado de segurança no TJ-SC para que eles tenham controle total sobre a quantia arrecadada, sem necessidade de comprovar os gastos. 

Três desembargadores julgarão o mérito amanhã, na 3ª Câmara de Direito Civil do TJ.

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