Até o fim da tarde de terça-feira (17), mais de 150 mil pessoas haviam sido alcançadas por um post no Facebook do Diário Catarinense que informava o pedido do governo federal para que Santa Catarina receba 2,5 mil imigrantes venezuelanos.
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A vinda dos venezuelanos, revelada com exclusividade por esta coluna ontem, mostrou também um estrato da sociedade em que vivemos. A maioria das reações dos usuários da rede social foi negativa.
Em linguagem do Facebook: para cada , havia sete .
Uma mulher que disse isto:
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“Que sorte. Os venezuelanos são pessoas maravilhosas. São muito educados, amigos e tenho certeza de que vão contribuir com o nosso Estado. Sem contar as deliciosas arepas”
Teve como reação isto:
“Passa teu endereço para mandar alguns para dormir aí com você”.
“Leva eles pra tua casa, maluca”.
“Quando os roubos começarem a aumentar em Santa Catarina, não fiquem tristes. Vão comer uma deliciosa arepa”.
Quem ousasse dizer isto:
“Sejam bem-vindos, amigos venezuelanos que passam por esse momento tão difícil em sua pátria natal. Santa Catarina sempre teve orgulho de ser um Estado acolhedor e lar de tantos imigrantes do país e do mundo.”
Também tinha como resposta coisas como:
“Já adota 50 então e põe na sua casa. Esse é o Brasil que eu quero!”
“Quem apoia, leva pra casa. Já tem desemprego suficiente no país.”
“A favor? Abrigue-os na sua casa!”
Outros comentários são impossíveis de citar.
Entre a minoria (em um post no Facebook, veja, parcela muito restrita da nossa sociedade) que quer acolhê-los e a maioria que aceita um venezuelano se for enviado um petista em troca, que querem fronteiras bloqueadas e tal, há ainda quem perceba em tudo uma grande estratégia da Venezuela (e do PT) para tomar conta do país.
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Dois comentários pinçados:
“Estranho. Esses venezuelanos são refugiados mesmo? Para refugiados, estão muito bem de saúde. Outra: em sua maioria, são homens. Melhor prestar atenção.”
E:
“Também estou desconfiada de que estes que estão entrando no Brasil podem nos surpreender. Tem dedo do PT aí”.