Lula vai ser preso. Há data. Em um mês, talvez. A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, fez um discurso tranquilo. Não que isso importe, mas, com ele, demoliu a raivosa defesa de Lula.
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Havia raiva de um lado.
Havia informação do outro.
Daí vieram os votos:
O STF se inclinava pela prisão de Lula. Daí veio o ministro Marco Aurélio Mello, que disse ter check-in feito para um voo e que perderia, caso se atrasasse. Mello ia para o Rio. Precisava correr ao aeroporto, sendo ele ministro, julgando um caso histórico. A ele, alguns se seguiram, sem dar voto.
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Suspendeu-se o julgamento
STF é política. Com base no voo de Marco Aurélio, que deve ter pousado placidamente no Galeão, outros pediram suspensão da votação do habeas corpus de Lula.
Surreal.
Outros disseram não ter condições físicas para votar. Físicas!
Fica para a semana que vem. Quem ganha? Lula e sua caravana.
Vênia 1
O que mais foi pedido ontem, no STF, foi vênia. Vênia é uma permissão, educada. Você pede vênia, que é tipo um habeas corpus preventivo de um xingamento que virá depois. Aí diz-se: “Vossa excelência é mau”. Mas com a devida vênia.
Vênia 2
Há 54 pessoas chamadas Vênia no Brasil. São dados do IBGE.
Cadeira
Não é fácil ser ministro do STF. Estão à frente de um capítulo histórico da República. Mas você gostaria de ter aquela cadeira acolchoada, admite. Talvez em outra cor.
Agora, imagina
Dias Toffoli estará à frente do Supremo a partir de setembro. Dias. Toffoli.
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