O defensor público-geral de SC, Ralf Zimmer Júnior, já foi atleta. Jogava vôlei (quem nunca?). Mas para entender a recente briga entre Defensoria Pública e OAB-SC, é preciso contextualizar alguns dados. A eles: segundo o presidente da OAB-SC, Paulo Brincas, a Defensoria Pública não dá conta de, com 99 defensores, atender a toda população carente.
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— Imagina que em Dionísio Cerqueira uma pessoa seja presa. A Constituição diz que o julgamento só é válido se ela tiver um advogado. Mas ela, digamos, não tem advogado e nem dinheiro para pagar um. Então a única forma é o juiz nomear um advogado. Porque se ele não nomeia, não pode condenar.
Como não há mais regra clara desde 2013, os juízes, ao fixar os honorários dos advogados, costumam usar a tabela da OAB. Ralf, pré-candidato, militando na política e tendo marcado data para sair a fim de concorrer, quer deixar um legado em forma de documentos: briga política contra a OAB, pilhas de ofícios que nem todos entendem do que se trata e uma briga entre a remuneração de defensores e a de advogados. Como bom (ou não) político que pretende ser, quer renunciar no dia 8 de março, Dia da Mulher, para homenagear a substituta dele, que é mulher. É homenagem ou sexismo?
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