O Brasil precisa de um presidente negro. Um dia, terá. Precisava de uma presidente. Teve. Precisava de um metalúrgico. Teve.
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Mas nenhum negro sentou-se na cadeira que, neste momento, afofa bundas brancas.
Teremos um presidente negro. Será histórico.
Hoje, Joaquim Barbosa anunciou sua desistência de concorrer ao Planalto.
Joaquim já chorou. Choru muito, por exemplo, ao assistir a este vídeo. Ele sabia que poderia ser o primeiro presidente negro.
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O anúncio de sua desistência, como costuma fazer, foi em um tweet.
Barbosa não fala. Não dá entrevista.
Desde que se filiou ao PSB, queria ser presidente. Mas deve ter sentido a força da política. A necessidade de compor. O gesto raro de ceder.
Barbosa é taciturno.
Nesse sentido, é o oposto de Jair Bolsonaro.
Também de Marina Silva.
Também de Ciro Gomes.
Na verdade, é o oposto de todos os que já se anunciaram como pré-candidatos a presidente.
Se concorresse e se elegesse, o que Joaquim Barbosa faria (ou tentaria fazer) com a segurança, a saúde, a educação, a previdência? Deveria dizer. Ele não disse. Não gosta de entrevistas.
O Brasil não pode se resumir à curta campanha que sucede a Copa e precede o voto.
Quem pensa em Joaquim Barbosa certamente lembra dele apoiado na cadeira do Supremo, durante o julgamento do Mensalão. Tinha dor nas costas.
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Ao anunciar a desistência em um tweet, Barbosa fez mal ao Brasil.