Tenho um amigo. Uma referência em que tento me inspirar, desde que virei jornalista: chama-se David Coimbra. Lançou um livro agora cujo título é “Hoje eu venci o câncer.”
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Começa assim: “Quando descobri que ia morrer, decidi escrever este livro”.
David teve câncer com metástase. Ele conta isso. E diz que sua avó, como era comum à época, não dizia a palavra câncer. Chamava-o de “doença ruim”, da qual morreu.
David foi cobaia de um tratamento inovador, desses em que testam novas drogas. Cinco anos depois, está vivo, bem e mais sagaz do que nunca. Leia-o.
O Mal 2
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Há outro livro que explica tudo sobre o assunto: chama-se “O Imperador de todos os males”. É uma espécie de biografia do câncer, desde a época que não o chamavam de câncer.
Diz Siddhartha Mukherjee, médico de origem indiana, autor do livro:
“Talvez não se possa desconectar de nosso corpo o câncer, o fragmentário, fecundo, invasivo, adaptável irmão gêmeo dos nossos fragmentários, fecundos, invasivos, adaptáveis genes e células. Pode ser que o câncer defina o inerente limite exterior de nossa sobrevivência. Quando nossas células se dividem, nosso corpo envelhece e as mutações se acumulam inexoravelmente em cima de mutações. O câncer pode, muito bem, ser a estação terminal de nosso desenvolvimento como organismo”.
Mukherjee é um dos maiores oncologistas do mundo. E um grande escritor. Leia-o também
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