Morna…
…É o adjetivo que resume a passagem do ex-presidente Lula por Florianópolis, no sábado. Sob o sol a pino, a demora cansou manifestantes a favor e contrários a Lula. A polícia soube separar bem os dois grupos para evitar conflitos.Havia muito mais petistas, mas não era uma multidão em nenhum dos lados.
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Ao chegar sua vez de falar, Lula passou os primeiros 20 minutos atacando a Lava-Jato e a imprensa. No final, elencou propostas, falando como pré-candidato.
Se é o objetivo (parece que não é), o sentimento de esperança que embalou as campanhas de 2002 (“Agora é Lula”) e 2006 (“É Lula de novo, com a força do povo”) ainda não apareceu no Lula de 2018.
Por falar 1…
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Lula abre a entrevista de “A verdade vencerá”, livro recém-lançado, falando mal de Neymar e elogiando Cristiano Ronaldo.
É uma das poucas amenidades. Logo envereda pela política e usa as páginas e a entrevista como palanque.
Em determinado momento, diz, ao seu estilo: “Se sou o chefe de uma quadrilha, como eles falaram, por que meus assaltantes roubaram tanto, 100, 200 milhões de reais, e este babaca aqui ficou com um apartamento de cento e poucos metros quadrados pra ele? Que chefe de merda é esse?”
Por falar 2…
Em meio a xingamentos mútuos entre manifestantes pró e anti-Lula, na Praça XV, um raro momento de congregação reuniu dois senhores, aparentemente velhos amigos, que se encontraram no meio da praça.
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Se abraçaram e travaram o seguinte diálogo:
– Quanto tempo! E aí,você está com a turma de lá ou de cá?
– Eu tô com a de lá – apontou, indicando os contrários ao ex-presidente.
– Eu com a de cá.
Deram novo abraço e seguiram seus rumos.
Por falar 3…
A presença do ex-prefeito Fernando Haddad junto a Lula na caravana confirma o que já começa a ganhar força dentro do PT: ele deve ser o nome do partido na eleição, com a confirmação da inelegibilidade do ex-presidente.