Quase não há mais o que falar sobre Marielle. Dizem que o Brasil se esgotou com aqueles tiros. O problema é que o Brasil não se esgota.

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Relato de um familiar que teve as duas filhas (uma de colo, outra de sete anos) sob fogo cruzado no Rio, há alguns dias:

“Minhas filhas ficaram no meio de um tiroteio em Botafogo. Eram 10h. Voltavam da natação. Começou com um cara que tentou assaltar uma casa de câmbio. O segurança reagiu e atirou no ladrão, que caiu ferido. Ali ficou. Chegou a viatura da polícia. Um PM saiu do carro e puxou uma carabina, disparada involuntariamente. Com os estilhaços, feriu quatro pessoas que passavam pelo local.”

Conclusão dele:

“Há que se enfrentar o despreparo da PM.”

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Mais:

“É incrível como no Rio nos acostumamos a ver polícia com fuzil. Isso não faz sentido.”

A propósito

E há quem defenda liberação de armas para “cidadãos de bem”. Como o deputado Peninha. Faz sucesso nas redes. Posa com arma em punho, no recôndito do lar. Porque transita entre o Congresso e a quietude de sua casa, onde pode atirar em passarinhos às 6h.

Onde estão Bolsonaro, Peninha e os defensores do armamento agora? Acompanhando comunidades no Rio ou gravando vídeos para o Facebook?

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