Ao passo… 

Quem monta um cavalo sabe que há três maneiras de conduzi-lo. A primeira é ao passo, título desta nota, quando ele, digamos, caminha.

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É como está a segurança do Rio hoje, sob o comando do interventor Braga Netto.

O general é de cavalaria, uma das armas do Exército. Em entrevista à Globo, ontem (pode ser acessada no G1), havia uma estatueta de um cavalo ao fundo.  

A trote…

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Na entrevista, Braga Netto foi direto e franco. Usou termos militares, não se mostrou empolgado com a nova atribuição e aparentou estar ali (infelizmente, para o Rio) a fim de cumprir uma missão que o Estado não cumpre mais.

Quem ainda associa Exército à ditadura tem de rever conceitos. Braga Netto era uma criança no golpe de 64. Viveu e evoluiu nas Forças Armadas sob a democracia.

A galope

Na entrevista à Globo, Braga Netto usava um emblema sobre a farda, do lado direito do peito. Veja lá. Tem uma onça no meio. Significa que ele fez o curso de Guerra na Selva, um dos mais difíceis e necessários no Exército. Porque é feito na Amazônia para proteger a Amazônia.

Por coincidência, além do interventor, os principais responsáveis pela segurança no Rio, agora, são de cavalaria. A ela pode ser debitada a conta de um fracasso. A ela pode ser creditado o sucesso.

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Mas Cavalaria não tem a ver com cavalos. Das armas de frente (junto à infantaria e artilharia), é a primeira a entrar e a última a sair. Certa vez, um ministro, ao olhar o mesmo símbolo da onça que o general do Rio carrega no peito, disse-lhe:

– Se você é de cavalaria, não deveria ter pregado aí o símbolo do curso de equitação?

O militar lhe respondeu:

– Não, senhor. Curso de equitação lida com animais domesticados. Guerra na Selva, com animais selvagens.

Um simples cadastro no programa Tarifa Social do transporte coletivo na Capital tem dado dor de cabeça ais usuários. Pouca gente para atender, mudança de sistema e burocracia fazem algumas pessoas chegam a ficarem até duas horas na fila.

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