Por Ânderson Silva, interino

O governo catarinense se mantém irredutível à ideia de reduzir o ICMS sobre o preço do diesel e cobra do governo federal uma compensação para a receita que perderia caso aderisse à proposta. Na sexta-feira, o secretário da Fazenda, Paulo Eli, esteve em Brasília para uma reunião no Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), mas o encontro teve baixa participação de outros Estados e uma nova rodada de negociação ocorre amanhã. No Rio, o governo baixou de 16% para 12% o imposto. A justificativa de SC é que aqui a alíquota já é de 12%. A intenção da União é reduzir ainda mais o valor do combustível para convencer os caminhoneiros a voltarem ao trabalho.

Continua depois da publicidade

Leia todas as notícias sobre a greve


Quem são

As equipes de inteligência das polícias catarinenses identificaram poucos motoristas autônomos e muitos caminhoneiros de empresas nos bloqueios espalhados pelo Estado. Mesmo parados, continuam recebendo salário e ainda têm o apoio dos empresários.

Exército

Continua depois da publicidade

Em SC, o trabalho dos militares do Exército tem sido no apoio às forças de segurança estaduais que garantem o transporte de materiais essenciais a hospitais, presídios e aeroportos. Até ontem à tarde, 200 escoltas haviam sido feitas no Estado.

Informação

Durante o fim de semana, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) limitou as informações sobre os bloqueios nas estradas. Até sexta, cada superintendência estadual divulgava um balanço. Desde sábado a ordem é para que um boletim único seja divulgado em Brasília.

Fogo amigo

Segundo a ONG Agência Brasil, o Congresso Nacional custa ao contribuinte por hora R$ 1,16 milhão ou R$ 27,84 milhões ao dia. Isso representa mensalmente uma despesa de R$ 835 milhões. É um dos mais caros do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Para o advogado Francisco Ferreira, “considerando que o governo, por meio do acordo firmado com os caminhoneiros, irá bancar nos próximos sete meses o mimo concedido, despendendo R$ 5 bilhões, é de se concluir que os nossos dignos parlamentares estão contribuindo para o Brasil parar”.

Adesivo (Foto: Nica Id: 13570370) 
Crédito: 

Os caminhoneiros que estão em frente à distribuidora de combustíveis em Biguaçu aceitaram liberar diesel para o transporte coletivo da Capital. Ontem, por exemplo, saíram 25 mil litros, distribuídos entre as empresas. Em contrapartida, os ônibus devem circular com um adesivo em apoio ao movimento: “Somos todos caminhoneiros”.

Continua depois da publicidade

Aí não

Pelo menos 10 ciclistas que participavam do Ironman ontem em Florianópolis tiveram os pneus furados por conta de pregos que foram colocados na pista em Jurerê. Segundo a organização, o fato ocorreu logo no começo da prova de ciclismo e prejudicou até os veículos que davam suporte ao evento

​​Leia outras publicações de Marcelo Fleury​​