Abordada ontem na coluna, a polêmica na Fundação Catarinense de Assistência Social (Fucas) ganhou novo capítulo com a autorização para venda de um imóvel em Jurerê. O negócio deve se concretizar no valor aproximado de R$ 4,5 milhões, com os quais a fundação pretende pagar os salários atrasados e retomar programas assistenciais.
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Ocorre que há quem se oponha, como o ex-presidente do Conselho de Curadores da Fucas George Richard Daux.
— Existem debêntures vencidas, mas a atual administração e o Ministério Público Estadual, advertido do fato, não executam a cobrança — afirma Daux.
Segundo ele, desfazer-se de um patrimônio imobiliário sem procurar recuperar créditos líquidos e certos não é boa prática administrativa.
Para relembrar: ontem, a coluna revelou que, desde 2014, a diretoria da Fucas sacou mais de R$ 40 milhões de um fundo, destinando ao menos R$ 20 milhões a um investimento imobiliário fracassado: um conjunto de prédios em Joinville, Palhoça e Biguaçu, cujas obras estão paralisadas. O Ministério Público Estadual diz que investiga o caso.
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Investigação
Enquanto o dinheiro da Fucas minguou em milhões de reais entre 2014 e 2018, o que levou a fundação a vender imóveis (como um em Jurerê onde hoje está o Bradesco) para quitar dívidas, o período de 2010 a 2013 demonstra outra situação. Os investimentos financeiros da fundação aumentaram de R$ 53 milhões em 2010 para R$ 57 milhões em 2013. Se é crise, má administração ou má-fé, os Ministérios Públicos Estadual e Federal (que foi acionado na semana que passou) vão investigar, expor e trazer à luz para conhecimento dos cidadãos. E todos saberemos a verdade.
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