A mão chapada, como se mata uma mosca, foi uma das maiores perdas da humanidade nos últimos 25 anos.
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Crianças digitam com facilidade em um smartphone. Usam polegares com mais velocidade do que quem jogam bolita ou faz corrida de tampinha.
Usam os dedos, colam o nariz na tela.
Mas seguem gostando de futebol, o melhor dos esportes.
Daí vem o álbum da Copa.
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Todos querem (Eu quero!)
Vi um colega de trabalho, não qualquer um, um diretor, reclamar que na sua edição do DC não tinha vindo o álbum.
Estamos em 2018 e as pessoas ainda querem álbuns com figurinhas colantes. É bom!
Mas o pior (força, meninada) é ver que nós, adultos, crescemos jogando bafo. Sabemos mais que essa turma que bate com a mão espalmada para virar uma figurinha.
Voltemos 25 anos atrás.
Vou dar uma dica de como levei 20 figuras de umas só vez de um amigo meu, sem trapacear.
Você não espalma a mão para bater. Nunca espalme-a. Espalmar é bater em vão.
Curve-a, como uma concha. Não precisa bater forte. Aliás, o segredo não está em bater, mas em puxar a mão. Você vai lentamente, encosta nas figuras e, aí, sim, com a mão em concha, puxe-a com velocidade de um leopardo do Discovery Channel.
Várias vão ser sugadas pelo vento que flui dali, não pela força da mão que o trouxe. Você se sentirá feliz. Se sentirá realizado.
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Bafo é a primeira lição de física de nossos filhos.
O machismo que não termina
Pensa: álbum da Copa. Só tem o rosto das pintas. Se fosse algum álbum com mulheres, mostrariam só o rosto ou corpo?
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