Terça-feira desta semana, dia 10. Faz calor.

O relógio marca 17h20min.

O procurador-geral do município de Florianópolis, Diogo Nicolau Pítsica, sai de seu gabinete e vai ao elevador. Aperta o botão (se não aperta, o elevador não vem).

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Sexto andar. O elevador demora.

Aparece um colega.

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Ambos se cumprimentam num aperto de mão firme.

O colega diz a Pítsica:

"Muito obrigado pelo processo no Ministério Público".

Conversa normal. Faz calor, é fim de tarde, o elevador não chega.

De repente, Pítsica é agarrado pelo ombro. Seu colega começa a lhe pedir ajuda.

Grita!

O olhar é ameaçador.

Começa a repetir:

"Me ajuda!"

Pítsica não sabe o que fazer. Mais tarde, faria um boletim de ocorrência, donde surgiu essa narrativa.

Sem tempo para pensar, Pítsica vê seu celular ser tomado do bolso pelo colega.

Aparentemente furioso, o colega arremessa o aparelho contra a parede, com alguma força.

E grita:

"Me ajude, tenho que cuidar de 10 mil processos".

Pítsica registra a ocorrência.

O celular está quebrado.

A polícia apura.