Uma ação social integrada entre diversos entes públicos, com apoio policial, abordou às 6h de hoje um contingente de mais de cem moradores de rua concentrados em uma pequena região do centro de Florianópolis.
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Enquanto viaturas da Polícia Militar e da Guarda Municipal bloqueavam o perímetro entre as ruas Deodoro e Vidal Ramos, assistentes sociais da prefeitura e peritos do IGP faziam a abordagem aos ocupantes de barracas e lonas.
A ação foi coordenada pelo Ministério Público. À frente, o promotor Daniel Paladino ajudou a conversar com os mais exaltados, que se recusavam a deixar o local. Foi dada a todos a oportunidade de ir para albergues ou receber assistência para tratamento contra dependência. Dos mais de cem, porém, só quatro aceitaram algum tipo de ajuda.
Os demais foram identificados e orientados a deixar o local, cuja ocupação com barracas vem aumentando nas últimas semanas. Não houve uso de força policial.
“A ação é social. Queremos mostrar a essas pessoas que há assistência e lugares adequados. Mas também não podemos aceitar que o espaço público seja tomado dessa maneira”, afirma Paladino.
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Várias pessoas abordadas admitiram que não ficam em albergues devido à rigidez das regras.
“Estou aqui pela liberdade da rua, por um sentimento. Para ficar em albergue, tem que seguir ordem”, diz Christopher Nyaga, 21 anos, um dos inconformados com a abordagem surpresa.
“Isso é invasivo”, também se queixava uma mulher.
A secretária de Assistência Social da prefeitura, Katherine Schreiner, também estava no local. Segundo ela, esta foi a maior ação ocorrida até agora.
Após a saída dos ocupantes, a Comcap passou no local para recolher o lixo.