Na ficção, Florianópolis já teve quarta ponte, um túnel, transporte marítimo e teleférico.

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De novo, vem aí a quarta ponte. A diferença é que, agora, ela seria toda bancada pela iniciativa privada.

Mas não vai.

A ponte ligaria a Tapera à BR-101, em Palhoça. O custo estimado é de R$ 1,2 bilhão. Todo o dinheiro seria bancado pela iniciativa privada, a começar pela Zurich, concessionária do aeroporto. Dali em diante, surgiu a Arteris, que não fez nem o contorno viário, imagina uma ponte.

Para passar sobre a ponte, o motorista teria de pagar R$ 6,50.  É o pedágio.

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Para autorizar essa concessão, o Executivo usaria uma modalidade chamada PMI (Proposta de Manifestação de Interesse). Em outras palavras, diria que há empresas privadas com o interesse de construir uma ponte; dá prazo de 60 dias para que alguém também queira. Não havendo, ganha quem propôs.

Para o usuário que trafega entre o sul da Ilha e Palhoça, terá de arcar com pedágio. O que hoje não tem nas duas pontes da Ilha. Ele terá que computar o cálculo do pedágio na gasolina e no tempo que fica no trânsito.

O projeto é ousado.

Embora não tenha dinheiro público, também não tem privado.

São nove quilômetros de ponte.

Se para construir um trapiche já tem quem refuga, imagina um colosso.

A quarta ponte 2

Representante de uma empresa que supostamente estaria interessada em erguer nove quilômetros de uma ponte sobre o mar disse algo do tipo: “Nem pensar!”.

A prioridade da Zurich, que ganhou a concessão do aeroporto, é primeiro terminar o aeroporto.

O resto é política.

Falando em colosso

Aí dás de cara com esse cidadão saindo da água, com um tridente. É uma estátua marítima, na Espanha. Só isso.

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