Quando se comparam as últimas décadas com todos os séculos anteriores da humanidade, praticamente superamos a guerra, a fome e as doenças, então agora podemos nos focar no que importa: a busca da imortalidade, com ajuda da tecnologia, para viver uma vida feliz e repleta.
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Esta é a teoria do israelense Yuval Harari em Homo Deus, livro nem tão novo nas prateleiras. Sobre a paz, ao dizer que a superamos, ele argumenta que a guerra sempre foi um estado constante, enquanto a paz ocorria a intervalos.
Hoje é ao contrário, e para dar força ao argumento, ele usa o Brasil como exemplo para descrever uma hipotética e absurda situação:
“Quando o governo brasileiro se reúne para discutir o orçamento do próximo ano, é inimaginável que o ministro da Defesa do país se levante de sua cadeira, dê um soco na mesa e grite: “Esperem um momento! E se quisermos invadir e conquistar o Uruguai? Vocês não levaram isso em consideração? Temos de reservar R$ 5 bilhões para financiar essa conquista”.
De fato! A teoria e o livro todo (ótimo, por sinal) fazem sentido. Mas o exemplo aleatório do Brasil nos lembra que a paz ainda é algo distante por aqui. Há um outro tipo de guerra. Como ao longo dos milhares de anos da humanidade, a paz no Brasil passou a acontecer a intervalos, enquanto a guerra virou um estado constante.
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